Funcionários PSO e caixas do BB detalham rotina de acúmulo de função e abusos

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Em plenária setorial realizada na noite desta quinta-feira (1º), em formato híbrido (presencial e virtual), bancários e bancárias do BB que atuam em Plataforma de Suporte Operacional (PSO) e como caixas realizaram profunda discussão sobre acumulo de funções, desorganização do trabalho, precariedade das condições de trabalho, assédio moral, adoecimento e falta de perspectiva na carreira, entre tantos outros problemas que enfrentam rotineiramente.

As plenárias realizam diagnósticos setoriais em preparação para seminário sobre o BB, buscando também definir prioridades a serem tratadas desde já com o banco, tanto diretamente pelo Sindicato em suas ações de rotina (administrativas e judiciais) como no processo negocial amplo.

A plenária sobre PSO e caixas foi conduzida por Girolamo Bianco, diretor da Fetec-CUT/CN e coordenador do Coletivo BB no DF, com mediações de Eduardo Araújo, secretário de Finanças do Sindicato. Contribuíram com as discussões o diretor do Sindicato Rafael Guimarães, o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jefferson Meira (Jefão), o diretor da Fetec-CUT/CN Wadson Boaventura e o diretor de Formação da CUT-DF e vice-presidente do Diap, Rodrigo Britto.

Os debates e o diagnóstico contaram também com contribuições de bancários e bancárias do BB mobilizados nacionalmente pelo Grupo Caiex/PSO/PSV. Criado há mais de dois anos, o grupo reúne colegas de todas as regiões do país, para troca de informações, proposição de pautas ao movimento sindical e mobilizações conjuntas.

Documentos apresentados à plenária, como o que trata de gratificação de caixas, apontando termos de um acordo, serão incorporados como subsídio ao diagnóstico com proposições ao seminário e às mesas de negociações.

Os bancários e bancárias expuseram durante as discussões desta quinta-feira o caos e o sufoco que enfrentam desde a implantação das PSOs, com destaque para desorganização do trabalho, precariedade e, muitas vezes, falta de ferramentas operacionais, imposição de funções diversas, sobrecarga de trabalho, assédio moral, falta de perspectiva profissional e adoecimento. A avaliação é de que os sistemas só pioraram e não há controle do trabalho realizado, o que acaba por depreciar o esforço e o real desempenho, com reflexo na PLR e no PDG.

A conclusão é de que o caixa passou a ser funcionário administrativo da unidade, sendo obrigado, inclusive, a cumprir alvarás, sem receber orientações mínimas, assim como os escriturários. Uma das proposições decorrentes desse diagnóstico é resgatar e manter grupo especializado no cumprimento de alvará.

Para Eduardo Araújo, os relatos sobre falta de controle do trabalho realizado são típicos da chamada “síndrome do trabalho vazio”, um conceito produzido cientificamente e que identifica o processo de infelicitação e adoecimento do trabalhador.

Proximas plenárias:

  • 15/06 – escritórios digitais
  • 22/06 – Ditec
  • 29/06 – DG e
  • 06/07 – Cenop

Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília