Funcionários da Cooperforte definem pauta de reivindicações

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Convocados pelo Sindicato, os funcionários da Cooperforte se reuniram, nesta quinta-feira (21), para definir a minuta de reivindicações da Campanha Salarial específica 2018. Com a perversa reforma trabalhista, os trabalhadores se organizam a partir da unidade para manter os direitos conquistados.

Com o cenário colocado para a Campanha deste ano, de retrocessos e retirada de direitos, o Congresso dos Funcionários da Cooperforte reforçou a importância da sindicalização e da representação dos funcionários da cooperativa pelo Sindicato. Mediado pela diretora da Fetec-CUT/CN e empregada da cooperativa, Talita Régia, as discussões do encontro definiram como minuta:

– reajuste salarial com INPC + 5%, para todas as cláusulas econômicas;
– não implementação e adequação à Lei 13.467/2017;
– proteção ao emprego;
– nos casos de dispensa sem justa causa, o funcionário também terá direito a receber um valor pré-estabelecido entre as partes para custeio único e exclusivo de cursos de qualificação;
– programa de desenvolvimento organizacional para a melhoria contínua das relações de trabalho, bem como estabelecimento de campanhas de prevenção e combate ao assédio moral no local de trabalho em parceria com o Sindicato;
– garantia de salário ao funcionário com benefícios cessados ou indeferidos no INSS;
– estabelecimento de taxa negocial;
– defesa das cláusulas do atual ACT 29 e 34 que tratam da representação sindical e do incentivo à sindicalização;
– estabelecimento de regras transparentes para banco de horas versus horas extras.

Os trabalhadores também acrescentaram a proposta de  qualificação e requalificação profissional. Em virtude das mudanças tecnológicas dos meios ou processos de produção, e ainda na rotina de trabalho, deve ser garantido o treinamento adequado para aprendizagem e readaptação às funções, resguardadas todas as vantagens salariais e funcionais, exceto os valores relativos às comissões. Os cursos podem ser ministrados pela própria empresa, por entidade de ensino ou entidade sindical, de forma a ser respeitado o critério mais vantajoso.

A delegada sindical da Cooperforte, Renata Jordão, destaca que ”é fundamental o compromisso entre as partes em manter uma negociação de boa fé, permanente, direta e autônoma, sem interferência do Estado, seus órgãos ou outras instituições que não representam os trabalhadores sem a devida autorização de todos”.

“Não abriremos mão da representação dos trabalhadores em cooperativas e tampouco aceitaremos a retirada de direitos com base em uma legislação aprovada em um governo ilegítimo. Queremos sim o reconhecimento do quão importantes são as pessoas para o desenvolvimento da Cooperforte”, destaca o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

“Garantir a representação sindical é fundamental para garantir os direitos, então convidamos todos aqueles que ainda não se sindicalizaram a fazerem parte desta entidade de classe realmente representativa. Apenas juntos conseguiremos garantir os nossos benefícios e ampliar as conquistas”, frisa a representante dos trabalhadores da cooperativa, Talita Régia.

Da Redação