Expansão de financeiras mostra ser possível atender às reivindicações

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Finasa e Losango anunciam planos ambiciosos e estudos comprovam ampliação nos ganhos do setor; cláusulas econômicas serão negociadas dia 14

Em pleno período de negociação entre os financiários e a Fenacrefi (Federação Nacional das Empresas de Crédito, Financiamento e Investimento), duas das maiores financeiras do país, a Finasa (do Bradesco) e a Losango (do HSBC), estão anunciando ambiciosos planos de crescimento.

Segundo reportagem publicada nesta segunda, dia 4, no jornal Gazeta Mercantil, a Finasa entrou no mercado de seguros, está em processo de entrada no segmento de cartões de crédito e até o final do ano irá disputar a área de financiamento imobiliário. Já a Losango pretende, antes do final de 2008, chegar a 500 lojas, o dobro do que possui hoje. Para 2009, a financeira do HSBC também pretende entrar no mercado de financiamento imobiliário.

Ambas as empresas prevêem crescimento de 20% neste ano e no ano que vem.

Números da agência classificadora de risco Austin Rating revelam que o saldo total de recursos livres direcionados para a pessoa física, conforme dados do Banco Central, cresceu 33,5% entre 2006 e o final de 2007 e que a rentabilidade anualizada das financeiras passou de uma média de 15,6% para 21,6%.

Cerca de 85% das empresas atualmente no mercado estão associadas a grandes bancos: Bradesco (Finasa), Real (Aymoré Financiamentos), Itaú (Taií), HSBC (Losango), Unibanco (Fininvest) e Santander (Olé). A elas soma-se a BV Financeira, do banco Votorantim.

“Estes fatos comprovam que as financeiras têm plenas condições de acatarem as reivindicações da categoria, já entregues para a campanha deste ano e que incluem aumento real, melhoria nos pisos e participação nos lucros maior e principalmente mais contratações, além de garantia de todos os direitos da convenção coletiva para todos os trabalhadores”, destaca Rodrigo Britto, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília .

As cláusulas econômicas serão negociadas no dia 14 de agosto. A data-base da categoria é 1º junho. Entre as reivindicações destacam-se:

– Reajuste de 10,11% (inflação mais aumento real);

– Abrangência e extensão da convenção, que determina que a convenção seja aplicada em todo o país para todos os trabalhadores do setor (financiários e registrados como promotores de vendas);

– Participação nos Lucros (PLR) maior (2 salários + R$ 3.500,00);

– Aumento do piso salarial para portaria, escritório, comissionados e gerentes;

– Auxílio-refeição de R$ 16,65;

– Cesta-alimentação no valor do salário mínimo (R$ 415,00).

Sindicato dos Bancários de São Paulo