Em tempos de pandemia, celebrar o Dia do Bancário é exaltar o trabalho essencial desta categoria

0

Em 1951, uma greve iniciada em 28 de agosto marcou a história da categoria bancária e transformou a data em dia de celebração à luta e ao trabalho dos bancários e bancárias. Quase 70 anos depois, a categoria demonstra toda sua importância ao estar na linha de frente da maior crise sanitária dos últimos tempos. Mais do que nunca, celebrar o Dia do Bancário é exaltar o trabalho essencial desta categoria que faz a diferença no contexto social e econômico do país.

A greve de 1951, quando os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial de 40%, revelou como a unidade nacional da categoria é importante para se avançar nos direitos e conquistas. Na ocasião, os bancos propuseram apenas 20% de reajuste enquanto o custo de vida havia aumentado em 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria.

Anos depois, bancários e bancárias permanecem unidos e mobilizados nacionalmente pela manutenção dos direitos, por um reajuste decente e compatível com os lucros bilionários dos banqueiros. Uma das poucas com Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional, a categoria bancária se mostra cada vez mais engajada na luta em defesa dos direitos e do patrimônio do povo brasileiro, dialogando com o legislativo e com a sociedade civil contra a sanha entreguista do governo.

“A categoria bancária efetivamente é um ator diferenciado e atento às circunstâncias da sociedade. Esta característica se revela na medida em que se coloca na vanguarda dos movimentos. E ao fazê-lo, fortalece, alinha e pavimenta os caminhos da luta geral dos trabalhadores e para o conjunto da sociedade”, considera o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

“Neste aspecto, a luta atual em defesa incondicional da vida, dos direitos, contrapondo e denunciando a tentativa dos bancos subverter a lógica e impor o lucro acima de tudo e da defesa dos serviços e empresas públicas, atesta a capacidade histórica que os bancários têm de alinhar interesses legítimos da categoria com a pauta da ampla sociedade. E é isso exatamente o que neste momento se põe a fazer em ato simbólico e real: lutar por dignidade, respeito e esperança em contraposição à normalização da barbárie e dos ataques ao povo”, acrescentou

Neste dia 28 de agosto, cada bancário e bancária merece uma saudação calorosa e uma honraria pela dedicação ao trabalho e pela atuação corajosa para atender milhões de brasileiros e brasileiras. Se antes da pandemia do novo coronavírus esses trabalhadores já eram de suma importância para o conjunto da sociedade, agora ficou escancarada a relevância e a essencialidade dos bancários.

Anualmente, o Sindicato promove a tradicional Festa dos Bancários para festejar com boa música o Dia do Bancário. Este ano, em função da pandemia, a festa foi adiada, respeitando as orientações das organizações mundiais de saúde. Entretanto, a data não passará em branco para os bancários de Brasília.

“A distância não nos limitará e celebraremos sim o Dia do Bancário. Estamos preparando uma surpresa virtual para os trabalhadores do ramo financeiro da capital federal que, em breve, receberá mais informações sobre essa comemoração especial para nos sentirmos mais próximos dos nossos colegas”, comenta a secretária de Cultura do Sindicato, Talita Régia.

A seguir, confira a homenagem feita à categoria pelo Sindicato em vídeo:

Joanna Alves
Do Seeb Brasília