Em reunião, Sindicato cobra da Cooperforte informações sobre alterações no plano de saúde dos empregados

0

O Sindicato cobrou da Cooperforte em reunião realizada nesta segunda-feira (26) esclarecimentos em relação às mudanças feitas pela cooperativa no plano de saúde dos funcionários de forma unilateral.

“Causa preocupação a forma como o processo está sendo conduzido e foi divulgado, sem qualquer participação da representação dos trabalhadores e pegando a todos de surpresa”, adverte a secretária de Organização do Ramo Financeiro da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Talita Régia.

A reunião atende a pedido feito pelo Sindicato em ofício encaminhado à cooperativa no dia 13, tão logo tomou conhecimento da medida.

A dirigente argumenta que a cláusula 23 do Acordo Coletivo de Trabalho, firmado entre as partes, estabelece as condições para disponibilização do plano de saúde aos funcionários. “Assim, é imprescindível que o Sindicato seja informado e participe dos debates antes de qualquer tomada de decisão por parte da empresa em relação ao tema, principalmente tendo em vista que alterações como essas podem conter pontos lesivos a muitos usuários”.

Sob a justificativa de aumento da sinistralidade, a Cooperforte reajustou a mensalidade do plano em 27,5% e implementou a coparticipação, que passaram a valer no início deste mês.

O Sindicato ponderou na reunião que o aumento da sinistralidade não pode ser confundido ou comparado isoladamente com a inflação médica. “A sinistralidade está ligada ao plano (ou à carteira), enquanto a inflação, a todo o setor. Quanto maior a carteira, menor será o impacto dos eventos. Por outro lado, em carteiras pequenas, como é o caso da Cooperforte, um único evento pode afetar drasticamente a sua sinistralidade. Portanto, não somente é necessário conhecer o índice de sinistralidade mas também compreender a sua composição”, explica Fabiana Uehara, diretora do Sindicato.

Já a inclusão da coparticipação, acrescentou a diretora, produz um aumento no custo do plano para os trabalhadores. “Nós solicitamos que a Cooperforte reveja essa decisão e abra espaço para negociação. Por acompanhar também outros planos de assistência à saúde, entendemos que podemos contribuir nesse debate”.

Da Redação