Em mesa de negociação, Bradesco nega cancelamento e fim das demissões

0

Em reunião por videoconferência realizada com a COE (Comissão de Organização dos Empregados) nesta quinta-feira (8), a direção do Bradesco negou o cancelamento das 427 demissões que promoveu até o momento e a suspensão de qualquer desligamento até 31 de dezembro, o que vai de encontro ao mote da campanha “Pros desafios do presente, experimente o futuro com o Bradesco”, lançada pela instituição.

“Daqui para frente podemos esperar demissões, desemprego e falta de compromisso com o que foi acordado. É isso que o Bradesco vai impor aos trabalhadores se continuar com a postura apresentada na reunião de hoje”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE do Bradesco.

“Foi uma reunião rápida, com negativa para todas as nossas reivindicações. Estamos abertos a novas negociações nas quais podemos achar caminhos diferentes das demissões. Não podemos permitir tamanho desrespeito do banco com os funcionários que fizeram tanto por ele durante essa pandemia”, declarou Magaly.

Quando cobrado sobre o compromisso assumido no início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o banco disse que as condições iam até maio e que os “ajustes” são por conta da reestruturação. O movimento sindical discorda e garante que era até o final da pandemia, que ainda não acabou.

Por isso, na próxima terça-feira (13), os funcionários do banco devem se juntar ao movimento sindical no tuitaço contra as demissões, a partir das 11h, com as hashtags #BradescoNãoDemita #BradescoPenseNoFuturo.

“Eles fazem campanha falando que estão se preparando para o futuro, mas se esquecem de pensar no futuro das famílias que estão desabrigando neste momento”, acrescentou a coordenadora da COE Bradesco.

“Sofre quem é demitido e sofre quem segue trabalhando, numa espécie de efeito cascata. Os que ficam são prejudicados porque têm que enfrentar os efeitos do déficit de funcionários, isto é, acabam por ficar sobrecarregados, têm suas férias alteradas e correm riscos reais de afastamento por adoecimento – o que também agrava a realidade da falta de bancários”, declarou Raimundo Dantas, diretor que representou o Sindicato na reunião.

Da Redação com Contraf-CUT