Em encontro, PCDs e neurodivergentes apontam prioridades para Campanha Nacional 2024

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O Sindicato encerrou a série de debates de construção da Campanha Nacional 2024 com o Encontro de PCDs e Neurodivergentes, nesta quarta-feira (17), realizado de forma virtual. Os participantes apontaram as prioridades que servirão de subsídios para a construção da pauta de reivindicações em defesa de seus direitos e reconhecimento durante o Congresso Distrital dos Bancários do DF e Entorno, neste sábado (20). E ressaltaram a importância de mais visibilidade e respeito no ambiente de trabalho.

Ser deficiente é um desafio diário, conforme enfatizaram os participantes, que levantaram questões complexas e bastante desafiadoras. Como exemplo, as inúmeros barreiras impostas para a inclusão dos PCDs e neurodivergentes nos bancos, a começar pelo descumprimento da cota de 5% das vagas que devem ser destinadas a eles, conforme a lei 8.213/91. Também relataram as dificuldades que enfrentam, na vida laboral, com a ascensão profissional, igualdade salarial, discriminação, valorização à diversidade e a orientação adequada de gestores.

Advogados da LBS, escritório que presta serviço ao Sindicato, fizeram uma explanação, com dados, mostrando os avanços de outras categorias em relação à pauta dos PCDs e neurodivergentes. E esclareceram que, após aprovação, as reivindicações do DF serão levadas à Conferência Nacional dos Bancários, marcada para junho, em São Paulo.

Avanços

Entre os vários exemplos de avanços para as pessoas com deficiência, os advogados citaram a Sociedade Brasileira de Teletrabalho (Sobratt), que acredita na necessidade de mudar o pensamento e acabar com o preconceito de muitas pessoas em relação ao potencial e à contribuição dos PCDs e neurodivergentes. Para promover a inclusão de todos, o órgão elaborou uma cartilha com informações atualizadas, e um dos objetivos é desmitificar conceitos e apresentar os desafios para a contratação dessas pessoas como profissionais em teletrabalho.

Para Rafaella Gomes, coordenadora do Coletivo dos Bancários com Deficiência e Neurodivergentes do Sindicato, apesar dos avanços, nos bancos, os desafios ainda são muitos, começando pelo descumprimento da lei 8.213/91, e ainda há muito a se fazer para que de fato se consiga incluir a classe trabalhadora com deficiência no mundo do trabalho.

“Ao longo dos anos, o Sindicato, junto às demais entidades representativas da categoria, tem se mobilizado na luta para assegurar a essas pessoas o direito ao desenvolvimento e à autonomia, sem qualquer discriminação, sobretudo no ambiente laboral. E para que as instituições financeiras ofereçam condições dignas a essas pessoas”, destaca.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília