Diretoria do BRB desrespeita os funcionários e enrola novamente na mesa de negociação de PLR e teletrabalho

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No contexto de crescentes tensões nas relações trabalhistas do setor bancário, um impasse persiste e se torna cada vez mais complexo. O foco do conflito no BRB reside na negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um benefício essencial para os trabalhadores do setor, que tem sido caracterizado por propostas rejeitadas e negociações estagnadas.

Estratégia do banco é jogar trabalhador contra trabalhador e causar confusão

É importante ressaltar que, apesar da recusa da proposta inicial em assembleia pela categoria, o banco mantém sua posição truculenta. Essa postura não apenas evidencia uma resistência à mudança, mas também revela um descompasso com as expectativas e necessidades dos funcionários. É claro que a proposta atual não satisfaz as demandas da categoria, que almeja reconhecimento e valorização através de uma participação nos lucros mais justa e representativa. É preocupante o fato de que apenas 53% das agências alcançaram integralmente o percentual de 100% das metas estabelecidas, conforme recentemente divulgado pelo banco. Isso implica que quase metade das agências ficará de fora da distribuição total da participação nos lucros e resultados. Mais alarmante ainda é o fato de que 26 agências não receberão nada da parte variável, mesmo aquelas que atingiram 89,9% das metas estabelecidas. Infelizmente, em relação às áreas da Direção Geral, o banco optou por não divulgar os números referentes aos desempenhos das equipes.

Além disso, o banco tem demonstrado resistência contínua em negociar melhorias para o acordo de PLR, mesmo diante de um histórico recente de resultados decepcionantes nesse aspecto. Essa atitude não apenas desaponta, mas também desmotiva uma força de trabalho crucial para o sucesso e a sustentabilidade da instituição financeira desde já e a longo prazo.

Por outro lado, o Sindicato, em representação dos interesses dos trabalhadores, tem sido proativo e flexível, apresentando uma série de alternativas viáveis para o pagamento da PLR. Inclusive, foi elaborada uma minuta detalhada, respaldada por estudos do Dieese, reforçando a viabilidade e a justiça das propostas apresentadas. Essas mudanças propostas pela categoria na PLR garantem reconhecimento por aqueles que muito se esforçaram e não atingiram suas metas por muito pouco, permitindo que não haja grandes diferenças no valor a receber devido a pequenas diferenças nos percentuais de atingimento.

Entretanto, apesar desses esforços, o banco persiste em sua postura de não negociar, ignorando as evidências e as possibilidades de um acordo mais equilibrado.

Teletrabalho: intransigência da diretoria do banco causa revolta e saída de colegas da DITEC

Fica evidente para todos, a estratégia comezinha de protelar a negociação com determinados fins e fazer cena de quem negocia sem efetivamente negociar. Não se trata apenas da PLR, mas também de outros temas relevantes, como o teletrabalho, pauta importantíssima para os trabalhadores da Ditec e da Direção Geral (DG) do BRB, que para os quais o Sindicato tem apresentado propostas construtivas e inovadoras que podem trazer melhorias significativas na qualidade de vida dos trabalhadores, e melhorias para a gestão do banco.

A inflexibilidade do banco e seus representantes em mesa de negociação para avançar nas discussões demonstra uma falta de disposição para um diálogo produtivo, e um RH que há muito tempo é apontado pelo corpo funcional como falho e atrasado, tanto que já temos pessoas saindo do BRB para a iniciativa privada, ou prestando outro concurso, que oferece teletrabalho – e em alguns casos até ganhando menos.

Outro ponto é o banco ter mandado quem estava no teletrabalho voltar para o regime presencial, alegando que acabou o ciclo, que na visão sindical é uma clara covardia da gestão do BRB, e causa revolta no corpo funcional, pois deixa transparecer que o banco prefere o tão somente “controle dos corpos dos trabalhadores” a evoluir na real valorização e trazer benefícios reais para ambos os lados. É essencial para o avanço das relações trabalhistas que a gestão da instituição, e principalmente a diretoria de pessoas, pare de “raivinha” pelos fato de os trabalhadores terem rejeitado a proposta do banco em assembleia, e negocie imediatamente a pauta de teletrabalho.

Sindicato firme na luta e disponível para negociar em prol dos trabalhadores a qualquer tempo

É crucial destacar que o Sindicato permanece aberto e disponível para negociações, mantendo-se fiel ao seu compromisso de buscar o bem-estar e a garantia dos direitos dos trabalhadores. Essa postura contrasta com a resistência do banco e reforça a necessidade de uma abordagem mais colaborativa e menos confrontadora nas negociações. O Sindicato, prezando pela perenidade e solidez da instituição, busca um acordo que não apenas atenda às demandas dos trabalhadores, mas também promova a estabilidade e o crescimento sustentável do banco.

O impasse atual entre o banco e seus funcionários não é apenas uma questão de números ou percentuais. Reflete uma cultura corporativa que precisa urgentemente reconhecer e valorizar seu capital humano. Afinal, são os trabalhadores que, com seu esforço e dedicação, contribuem para o sucesso e a prosperidade da instituição. Portanto, é essencial um esforço conjunto para superar esse momento de tensão, com o objetivo de estabelecer uma relação de trabalho mais justa, equitativa e, sobretudo, sustentável para ambas as partes.

Da Redação