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Maria Fernanda Coelho, presidenta da Caixa
A direção da Caixa vem demonstrando que não está interessada em resolver os impasses gerados durante a campanha salarial. Enquanto os outros bancos dão por encerrada a campanha, com a assinatura do acordo, e já estão no mercado em busca de novos negócios, a Caixa, que deveria também está cumprindo o seu papel social, de propulsora de políticas públicas, ao contrário, volta-se contra seus empregados,obrigando-os a cancelar férias e ameaçando-os com trabalho aos finais de semana. Tudo isso porque a CAIXA não quer aceitar a capacidade de mobilização da categoria, que ficou 23 dias em greve. A qualquer custo, a empresa pretende penalizar seus empregados.
Se não bastasse o compromisso dos empregados com a Caixa, a empresa busca a qualquer preço que os empregados façam essa compensação, seja com cancelamento de férias, utilização de Licença Prêmio e APIP, ou inclusive com desconto em folha de pagamento. Isso é inaceitável! A empresa assinou acordo e estampou na famigerada CI SUAPE SURSE 107/08 que os dias parados não serão descontados, ainda que em parágrafos seguintes da mesma CI afirma que serão.
Atitudes dessa natureza só demonstram o desrespeito que a empresa tem pelos seus empregados. A Caixa parece pouco interessada em ser a melhor empresa para se trabalhar. O clima na categoria é de amplo e irrestrito descontentamento com a direção da empresa, que não tem a capacidade de compreender que greve é um direito do trabalhador, garantido constitucionalmente. Nós não podemos ser penalizados por exercermos o nosso direito.
Como a sociedade poderá ter confiança plena na direção de uma empresa pública que não honra os seus contratos assinados? O Acordo Coletivo de Trabalho é um legítimo contrato, no caso, estabelecido com 78 mil pessoas diferentes. E no item que trata dos dias parados a empresa não está mantendo a sua palavra.
O Sindicato repudia a violação do acordo e adverte que nenhum desconto nos salários será tolerado. A entidade mantém o espírito da negociação e convoca a empresa a retornar à mesa de discussões e retificar o equívoco da CI 107/08.
Todas as formas de luta serão adotadas para fazer respeitar o Acordo Coletivo de Trabalho, aprovado por maioria na Assembléia Geral. O Sindicato já acionou seu Departamento Jurídico, que está analisando as medidas cabíveis contra a decisão da empresa, caso esta não reveja sua posição.
O Sindicato orienta aos bancários que não assinem nenhum documento relativo à compensação dos dias parados, seja de forma individual ou coletivamente, e que aguardem os encaminhamentos da direção do movimento e da assessoria jurídica da entidade, a serem divulgados em breve.
A Diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília
