Dieese|Mais do mesmo: economia lenta e aumento acelerado da pobreza

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O Boletim de Conjuntura nº 34 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) — junho/julho, destaca que os indicadores econômicos que apresentam ligeira melhora estão referidos a períodos ainda fortemente impactados pela pandemia e continuam ancorados em bases frágeis, indicando fôlego curto. Por outro lado, as desigualdades sociais e econômicas e a pobreza se acentuam em ritmo acelerado.

A economia brasileira cresceu apenas 1,0% no 1º trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre de 2021, na série com ajuste sazonal. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, o crescimento foi de 1,7%. Após a queda abrupta da atividade econômica no início da pandemia, a recuperação a partir de 2021 teve uma base de comparação muito baixa e o início de 2022 mostra que a economia apenas voltou ao observado antes da pandemia: crescimento lento e heterogêneo.

“O país regrediu para um patamar equivalente ao da década de 1990”, aponta pesquisa da Rede Penssan2, acrescentando que 40% dos domicílios brasileiros convivem com algum tipo de insegurança alimentar, o que representa cerca de 125,2 milhões de pessoas, mais da metade da população do país.

As regiões Norte e Nordeste são as mais impactadas: 71,6% e 68,0% das respectivas populações têm algum grau de insegurança alimentar. No Norte, 25,7% das famílias convivem com a fome e, no Nordeste, 21,0%.

Confira a íntegra do Boletim divulgado pelo Dieese:

boletimconjuntura34

Da Redação