Mais da metade dos acordos e convenções coletivas de trabalho com cláusulas de reajuste e/ou aumento salarial, tiveram correções abaixo da variação em 12 meses (5,45%) do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em janeiro deste ano. É o que destaca a análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A publicação frisa ainda que este é o pior resultado desde janeiro de 2018.
De acordo com o documento divulgado pelo Dieese, os reajustes em janeiro de 2021 que ficaram acima do INPC estão mais concentrados em acordos e convenções coletivas da indústria, representando 23% do total no setor. Comércio e serviços registraram apenas 4,4% e 3,3% dos casos, respectivamente.
Em um quarto das negociações no setor de serviços, os reajustes foram iguais à inflação; entre os acordos e convenções da indústria, foi cerca de ⅓. No comércio, aproximadamente metade das negociações alcançaram reajuste igual à inflação.
Quando analisadas separadamente, as regiões com maior número de acordo e/ou convenções com aumento real são Sul e Nordeste, com 14,1% e 13,8% respectivamente. As demais regiões concentraram cerca de 5% dos casos de aumento real.