Dieese: BB registra lucro de R$ 10 bilhões no primeiro semestre, com crescimento de 48,4%

0

O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de quase R$ 10 bilhões no 1º semestre de 2021, com crescimento de 48,4% em relação ao mesmo período de 2020. No 2º trimestre, o lucro foi de R$ 5,0 bilhões, aumento de 52,2% em relação ao mesmo trimestre de 2020. As informações são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Mesmo com o resultado positivo, o BB, que ao final junho deste ano contava com 85.518 funcionários, fechou 6.956 postos de trabalho em 12 meses e 2.358 do 1º para o 2º trimestre, resultado do desligamento de funcionários, no escopo do Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE). Foram fechadas 390 agências e 33 postos de atendimento bancário, em comparação junho de 2020, e o número de clientes aumentou em 2,9 milhões.

Segundo o Banco do Brasil, o resultado do semestre foi influenciado pela redução das provisões para lidar com devedores duvidosos – PCLD Ampliada e o crescimento da carteira de crédito. No semestre, o retorno sobre o patrimônio líquido (RPSL) ajustado cresceu 3,9 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses, chegando em 14,1%.

Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Subseção Bancários DF, apontam que a carteira de crédito ampliada teve crescimento de 6,1% em 12 meses e de 1,1% no trimestre, totalizando R$ 766,5 bilhões em junho de 2021. O segmento de Pessoas Física cresceu 10,3% em 12 meses, totalizando R$ 240,6 bilhões, com destaque para cartão de crédito (+33,9%), empréstimo pessoal (+20,7%) e crédito consignado (+16,4%). No segmento de Pessoa Jurídica, o crescimento foi de 4,0% na mesma comparação, totalizando R$ 282,2 bilhões, com destaque para o crédito voltado às micro, pequenas e médias empresas, que cresceu 24,8% em relação a junho de 2020. A carteira do agronegócio (que representa 54,4% do segmento no país) cresceu 9,7% em 12 meses, chegando à marca histórica de R$ 205,9 bilhões em junho de 2021.

As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) ampliada diminuíram 52,1% no semestre, em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 5,4 bilhões. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias seguiu em queda e alcançou 1,86% em junho, com redução de 0,98 p.p. em 12 meses, abaixo da inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (2,30%).

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias ficaram praticamente estabilizadas (+0,4%) em um ano, alcançando R$ 14,1 bilhões até junho de 2021. Já as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, aumentaram 11,6%, totalizando R$ 12,0 bilhões no período. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 117,4% no semestre.

Destaques-do-Banco-do-Brasil-1sem2021-1

Da Redação