Dias de greve sem desconto na Caixa

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A forte e ampla greve dos bancários fechou o cerco sobre os patrões até o último instante das negociações. Na questão dos dias não-trabalhados, a categoria se impôs e não permitiu qualquer desconto.

Houve banco que tentou de todas as formas impedir a conclusão do acordo sem que fossem descontados ao menos os dias de quem fez greve entre 1º e 7 de outubro, caso dos bancários de Brasília. Na mesa de negociação, a direção da Caixa, que não se esforçou na formulação de uma proposta para impedir a greve ou, depois de deflagrada, encurtá-la, mostrou-se mais renitente nesse desconto que os próprios patrões dos bancos privados. 

Mas a Caixa foi obrigada a se render aos fatos e, a exemplos dos demais bancos, aceitou que fosse feita apenas a compensação dos dias parados. Os bancários colocaram ainda um prazo limite para as compensações: 15 de dezembro deste ano. Depois dessa data, é anistia. A exceção é nas bases sindicais que seguiram em greve no dia 23 de outubro. Neste caso, o prazo para compensação vai até 16 de dezembro.

Os bancários não devem assinar nenhum documento individualmente relativo à compensação dos dias parados. Qualquer tentativa nesse sentido é para denunciar ao sindicato.