Desorganização gera demissão de 20 brigadistas e de nove trabalhadores da limpeza e conservação no BRB

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Uma verdadeira confusão na administração dos contratos de prestação de serviços no BRB gerou desespero em várias famílias dos trabalhadores terceirizados do banco. Em plena pandemia de Covid-19, que já tem quase 500 mil mortes, com a economia problemática e com a taxa de desemprego de 14,7% no primeiro trimestre de 2021, recorde da série histórica iniciada em 2012, segundo o IBGE, foram dispensados 20 brigadistas e nove trabalhadores da limpeza e conservação.

O contrato dos brigadistas com a empresa Sefix – Gestão de Profissionais Eireli venceria em 2 de junho de 2021. Mas devido a atrasos no lançamento do Pregão Eletrônico – 035/2021, que só foi realizado dia 31 de maio, ou seja, dois dias antes do vencimento, foi necessário fazer um novo contrato emergencial no BRB com outra empresa.

“Durante o turno, os brigadistas foram avisados de que no dia seguinte não poderiam mais entrar no banco, e que outras pessoas já ocupariam imediatamente seus postos”, informa o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa.

O outro problema ocorreu com 9 trabalhadores da limpeza e conservação, do contrato com a empresa K2 Serviços, que estavam em home office por serem do grupo de risco. Segundo contato, a K2 recebeu do BRB um e-mail solicitando que a empresa fornecesse os profissionais nos postos de trabalho imediatamente, e teria confirmado que não repassaria verbas para os trabalhadores que estão em casa. Logo, com o fim dos repasses, eles foram demitidos. O responsável pela empresa se disse surpreso pela atitude do banco em não repassar recursos para os trabalhadores.

“Considerando um banco que tem como missão a valorização dos seus colaboradores, é incongruente tomar uma atitude que culmina nas demissões dos terceirizados da limpeza que estão afastados não por vontade própria, mas sim por cumprimento de um decreto distrital, o qual não só protege a vida dos próprios, mas também a vida de todos no banco”, observa a diretora do Sindicato Raquel Santos Lima.

Diante do quadro, e com novos contratos nas duas áreas já sendo firmados ou prestes a ocorrer, é muito importante que os profissionais sejam reconduzidos aos seus postos.

“Diante de todo sofrimento dessas famílias, do momento terrível que passamos e da real consciência do papel social de uma empresa pública, ainda mais em uma crise sanitária tão brutal, solicitamos a alta gestão do BRB uma ação imediata com relação a esses casos citados, para resgatar a dignidade aos trabalhadores prejudicados e para que não seja manchada a imagem do banco do povo de Brasília”, pontua Ronaldo Lustosa.

Da Redação