Desligamentos do emprego celetista por morte cresceram 71,6% no 1° tri de 2021

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O desligamento por morte de funcionários CLT cresceu 71,6% entre o primeiro trimestre de 2020 e 2021, passando de 13,2 mil para 22,6 mil, aponta levantamento divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O principal responsável por este resultado foi a chegada da covid-19 ao país.

De acordo com o Dieese, nas atividades de atenção à saúde humana, o aumento foi de 75,9%, saindo de 498 para 876. Médicos, enfermeiros e trabalhadores em atividades de educação e transporte são os mais afetados. Entre os médicos, os desligamentos por morte triplicaram e entre os enfermeiros duplicaram.

Os estados que enfrentaram crises mais agudas com o coronavírus também registraram aumento acima da média de desligamentos por morte. É o caso do Amazonas, que apresentou um percentual de 437,7% em relação a 2020 — foram 114 óbitos, no primeiro trimestre do ano passado, e 613, no mesmo período de 2021. Em seguida, vêm outros três estados do Norte: Roraima, Rondônia e Acre.

Entre todas as atividades econômicas, as que apresentaram maior crescimento no número de desligamentos por morte estão educação, com 106,7%, transporte, armazenagem e correio,
com 95,2%, atividades administrativas e serviços complementares, com 78,7% e, saúde humana e serviços sociais (agregado), com 71,7%.

O Dieese destaca que o emprego no setor privado com carteira assinada não é predominante entre os médicos. Assim, pode haver desligamentos por morte que não computados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

boletimEmpregoEmPauta18

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília