Após cobrança do Sindicato e o Comando Nacional, o Itaú comunicou na tarde desta terça-feira (24) que vai suspender as demissões durante a pandemia de coronavírus – exceto para os casos de justa causa ou de desvio ético.
Além disso, de acordo com o banco, os trabalhadores que mantiverem a média dos últimos 3 meses no programa Agir, ou piso de no mínimo 1.000 pontos do segundo maior, não terão perdas neste momento. De acordo com o Itaú, está sendo montado um forte plano para redução da operação, de modo que mais bancários trabalhem de casa.
O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, que integra o Comando Nacional e representa os bancários de Brasília nas negociações com as instituições financeiras, lembra que “os bancos são o setor da economia que mais lucram, independentemente do cenário, seja de crise ou de desenvolvimento econômico”. Por isso, segundo ele, “é inadmissível que não tenham a sensibilidade de assegurar esse direito dos bancários que é a estabilidade no emprego durante essa crise”.
A reivindicação de suspensão das demissões nesse período faz parte dos 17 pontos que estão sendo negociados entre os representantes dos trabalhadores e a Fenaban como medidas para serem implantadas imediatamente para salvaguardar os direitos da categoria frente à pandemia da covid-19. “Dentro desse pacote também pedimos a suspensão das metas, já que a meta principal da população e dos bancos, que têm sua responsabilidade social, é de combater o coronavírus e não engordar os lucros”, acrescentou o diretor da Fetec-CUT/CN Washington Henrique.
O banco anunciou ainda que antecipará o pagamento do 13° salário integralmente aos funcionários até o dia 27 de abril. A medida, divulgada na sexta (20) visa amparar financeiramente os bancários diante da crise provocada pela pandemia do coronavírus.
Da Redação com informações da Contraf-CUT
