CUT é homenageada na CLDF e na Câmara Federal

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Sessões solenes nas Casas Legislativas marcam quatro décadas de luta em defesa da classe trabalhadora

Na próxima segunda-feira (28), a Central Única dos Trabalhadores completa 40 anos. A data marca a fundação da Central Sindical, que chega à maturidade e reúne uma série de conquistas que marcaram profundamente a história do nosso país.

Para celebrar as lutas e as vitórias que só foram possíveis graças a esse instrumento da classe trabalhadora, serão realizadas duas sessões solenes em homenagem à CUT. A primeira ocorre na Câmara Federal, no próprio dia 28, a partir das 10h. No dia 4 de setembro, a Câmara Legislativa também celebra a maior central sindical brasileira a partir das 19h.

“Muito nos orgulha que a organização da classe trabalhadora brasileira seja responsável por tantas mudanças positivas para o povo brasileiro. Convidamos todas e todos para participar das celebrações, ocupar as Casas Legislativas em homenagem aos 40 anos da CUT e compartilhar conosco a alegria de fazer parte dessa história”, convoca o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

4 décadas de luta

Consolidada como a maior central sindical da América Latina e a quinta maior do mundo, a CUT está presente em todos os estados e no Distrito Federal e representa quase 24 milhões de trabalhadoras e trabalhadores em todo país. Se é verdade que a crise dos 40 existe, é certo que ela não chegou à entidade, que neste ano de aniversário mostra novamente a sua força reunindo milhares de lideranças sindicais, movimentos sociais, acadêmicos, ativistas e muitos outros membros da sociedade civil para os Congressos Estaduais, que vão levar propostas de atuação para o Congresso Nacional da CUT.

“A CUT do DF teve um papel decisivo nas grandes marchas que fizemos por aqui e acho que foi a catalisadora de todos os acontecimentos nacionais da Central”, afirma o deputado Vicentinho (PT-SP), que foi presidente nacional da CUT e é responsável pela realização da Sessão Solene na Câmara Federal.

Fundamental para a democracia

Chico Vigilante (PT-DF) foi o primeiro presidente da CUT-DF e esteve presente na primeira Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), em São Bernardo do Campo, que deliberou pela fundação da Central. Hoje deputado distrital, Chico é quem convoca a homenagem à CUT que vai acontecer na Câmara Legislativa do DF.

“Existem datas que precisam ser comemoradas, e a fundação da CUT é uma delas. É importante que essa celebração seja realizada em um espaço onde os trabalhadores não penetravam antes e agora podem graças a sua própria mobilização. Vamos trazer as pessoas para dentro das instituições para que elas sintam a importância de estar aqui e de parabenizar a CUT que agora é uma jovem senhora de 40 anos de idade”, afirmou o deputado.

Para Chico Vigilante, a Central foi fundamental para mudar os rumos da história recente do país, à qual ele credita alguns marcos importantes das últimas décadas. “Sem o novo sindicalismo, sem a luta dos vigilantes, de rodoviários, de bancários, a ditadura teria demorado muito mais, certamente a gente não teria implementação das eleições diretas e o Lula não seria presidente do Brasil”, afirmou.

“A CUT foi um marco na organização e na luta da classe trabalhadora brasileira. Não é que não tivesse luta antes, desde a década de 1920 que os trabalhadores vinham lutando. Tínhamos o Comando Geral dos Trabalhadores, antes da ditadura e que por meio desta foi colocado na clandestinidade. Os sindicatos viveram um momento terrível. Para você ser dirigente sindical, tinha que passar pelo DOPS, e não tinha bons antecedentes lá, não poderia ser dirigente sindical”, explica Chico.

Apesar desse período, o deputado lembra que “sempre tivemos um sonho de liberdade da classe trabalhadora”, e que a partir dessa motivação e do trabalho duro de muitas e muitos foi possível construir a Central. Além da contribuição no processo de redemocratização do Brasil, a CUT foi também pioneira nos princípios de autonomia e liberdade sindical e colaborou diretamente na construção da política de valorização do salário mínimo. 

Fonte: CUT-DF