CUT Brasília faz força-tarefa para revogar reforma trabalhista

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As visitas aos sindicatos filiados à CUT Brasília e o diálogo com a população para engrossar a campanha de revogação da reforma trabalhista estão a todo vapor. Desde que a campanha foi lançada, no dia 7 de setembro, dirigentes da CUT Brasília percorreram dezenas de sindicatos. A ação também está sendo feita em áreas de grande circulação do DF.

Nos encontros com os sindicalistas das entidades filiadas, os diretores da CUT Brasília orientam quanto à coleta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) que propõe a revogação da reforma trabalhista do presidente ilegítimo Michel Temer, que passa a valer no dia 11 de novembro. O Plip também reivindica que seja feita sim uma reforma trabalhista, mas que ela contemple a classe trabalhadora, trazendo a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário; a regulamentação da terceirização de forma a tornar as relações de trabalho neste setor mais justas para os trabalhadores; a proibição de demissão imotivada e o fim da rotatividade no mercado de trabalho; a igualdade de oportunidades para mulheres, negros, jovens, trabalhadores LGBT no mundo do trabalho, e outras mudanças que são pautas históricas da CUT.

“Em todas as visitas, alertamos que essa campanha tem que ser do conjunto da classe trabalhadora, ou seja, deve ter o empenho incondicional de todos e de todas nós. É essencial que cada dirigente sindical leve a lista de assinaturas aos locais de trabalho e, mais que isso, conscientize cada trabalhador sobre a perversidade da reforma trabalhista de Temer”, alerta o secretário-geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.

Além das visitas aos sindicatos, a CUT Brasília também realiza a coleta de assinaturas e o diálogo sobre os efeitos negativos da reforma trabalhista diretamente com a população do Distrito Federal. Para isso, estão sendo realizadas atividades como panfletagens nos locais de grande circulação da capital federal. Assembleias de trabalhadores e demais atividades promovidas pelos sindicatos filiados também são espaços utilizados para que a campanha se propague e ganhe ainda mais adesão.

“Além dos nossos sindicatos, também temos que ganhar as ruas. E isso depende de nós, já que a mídia convencional mente diariamente para a população, não informando a realidade e a finalidade dessa reforma trabalhista, que é a precarização dos direitos da classe trabalhadora”, diz o secretário de Administração e Finanças da CUT Brasília, Julimar Roberto.

Nesta segunda-feira (25), foi instalada uma tenda de assinaturas para revogar a reforma trabalhista no Setor Comercial Sul, em frente ao BRB. A estrutura ficará permanente até o fim deste mês. Na próxima semana, a atuação será na rodoviária do Plano Piloto e na Praça do Relógio, em Taguatinga. “O Plip é uma grande oportunidade que temos de dialogar com todos os trabalhadores e toda a população”, lembra Julimar Roberto.

Para que comece a tramitar no Congresso Nacional, o Plip precisa de 1,3 milhões de assinaturas. Para participar, o cidadão deve colocar na lista de assinaturas o nome completo, endereço, número do título de eleitor, seção e zona de onde vota, além da assinatura. Mas caso a pessoa não tenha o número do título, poderá ser informado o nome completo da mãe e a data de nascimento do assinante para que a pesquisa do número possa ser feita pelo site do Tribunal Superior Eleitoral.

“Essa reforma trabalhista é um dos maiores retrocessos da classe trabalhadora nos últimos tempos. E somente com o trabalho de base, conversando pessoalmente com cada trabalhador e cada trabalhadora, conversando também com a população, poderemos reverter este cenário de calamidade, onde cem artigos da CLT serão modificados para prejudicar a classe trabalhadora”, avalia o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto.

Materiais sobre a campanha do Plip pela revogação da reforma trabalhista podem ser baixados no site da CUT Nacional, no endereço www.cut.org.br.

Fonte: CUT Brasília