Sindicato e Contraf-CUT cobram o fim da desestruturação da Caixa

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O Sindicato e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobraram da Caixa, na última sexta-feira (28), a suspensão da reestruturação promovida pelo banco que afeta mais de mil bancários de áreas meio em todo o país. A medida foi tomada unilateralmente, sem negociação com o movimento sindical, o que fere cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho. A reunião foi solicitada pelo Sindicato por meio de ofício, encaminhado em 5 de junho à presidência da empresa.

A Caixa alega que não está descumprindo o ACT, porque não considera uma reestruturação. Para os representantes dos empregados, se trata sim de uma desestruturação visto que áreas estratégicas estão sendo esvaziadas, além de mudanças importantes na jornada dos trabalhadores.

A Caixa não se dispôs a resolver de forma geral os problemas e nem a suspender a reestruturação, e se dispôs a ver de forma pontual cada caso. A forma como a empresa está tratando o assunto demonstra que outras ondas de desestruturação ocorrerão.

“Reforçamos que os colegas procurem o Sindicato para denunciar abusos e buscar orientações durante o processo de desestruturação do banco”, alerta Fabiana Uehara, secretária-geral do Sindicato, secretária de Cultura da Contraf-CUT e representante da Confederação nas negociações com o banco.

Desrespeito continua
O desrespeito da Caixa com os empregados ficou ainda mais claro nesta segunda-feira (1). O banco não enviou nenhum representante para a mediação com o Ministério Público do Trabalho que busca a suspensão da reestruturação.

“Estamos trabalhando em todas as frentes possíveis para minimizar todo esse ataque feito contra a própria Caixa, na sua desestruturação, e contra os empregados. Buscamos o MPT na tentativa de avançarmos nas negociações e solucionarmos os problemas. Queremos transparência e respeito com os empregados, são vidas sendo alteradas de forma drástica, com prejuízos emocionais e até financeiros. E a Caixa, ao invés de comparecer à audiência, pede para ser adiada”, declarou Fabiana.

Uma nova audiência foi marcada para o dia 8 de julho.

Da Redação com informações da Contraf-CUT