A semana começou com mais mobilização nas agências bancárias do DF. Isso porque a categoria está levando à população, aos clientes e aos usuários sua indignação pela proposta apresentada pelos bancos que sequer repõe a inflação. Em mais um Dia Nacional de Luta convocado pelo Comando Nacional dos Bancários, a atividade desta terça-feira (23) se concentrou nos locais de trabalho da Ceilândia e de Taguatinga, e também movimentou as redes sociais.
Nas conversas com bancários e bancárias, os dirigentes do Sindicato e da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) apontaram a organização dos trabalhadores como principal ferramenta de pressão para que os bancos apresentem uma proposta justa e condizente com os esforços da categoria. “Além de propor um reajuste que só repõe 65% da inflação, os bancos ainda querem diminuir nossa PLR”, comenta o secretário de Cultura do Sindicato e bancário do Itaú, Sandro Oliveira.
Em mesa, o índice ofertado pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi recusado pelos representantes dos trabalhadores. Os bancários pedem reajuste de 5% mais reposição da inflação do período (a expectativa de INPC em 31 de agosto é de 8,95%), mas a Fenaban ofereceu apenas 5,82%, o que representa perda real de 2,9%.
População joga junto
A atividade desta terça também se estendeu para clientes e usuários. A partir do diálogo, os representantes dos trabalhadores demonstraram como a Campanha Nacional dos Bancários 2022 não se restringe à categoria, mas também pauta os interesses do povo brasileiro.
Diretor da Fetec-CUT/CN, Wadson Boaventura lembrou que essa campanha também mira na qualidade do atendimento. “Está entre nossas reivindicações mais contratação de bancários e reabertura de agências físicas. Além de eliminar a sobrecarga e a intensidade de trabalho, essas medidas melhoram a vida da população. Convidamos a todos para entrar nesse jogo conosco”, destaca o dirigente.
Joanna Alves
Do Seeb Brasília
