Coletivo LGBT da CUT traça plano de lutas para o próximo período

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Desde o golpe contra a democracia, em 2016, o Estado democrático de direitos sofre constantes ataques. E, nesse cenário, segmentos mais vulneráveis da população são os  mais prejudicados. Com a eleição do presidente da extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), os retrocessos intensificaram absurdamente.

Nesse sentido, o Coletivo LGBT da CUT Brasília se  reuniu nesta quarta (11) para traçar um plano de lutas para o próximo período. As determinações, além de orientar as mobilizações do grupo, serão encaminhadas para o 14º Congresso Estadual da CUT Brasília.

Uma das principais deliberações é pela criação de Coletivos LGBTs dentro das entidades sindicais. Atualmente, poucos sindicatos contam com uma pasta específica para tratar do tema.

Para o fortalecimento desses coletivos, o grupo sugere que as entidades realizem pesquisas de mapeamento junto às bases. “Dessa forma, o sindicato terá um conhecimento maior da base que representa e poderá trazer as pessoas LGBTs para mais perto”, avaliou o secretário de Políticas Públicas da CUT Brasília, Yuri Soares.

Outra questão importante é quanto a realização de cursos de formação. “Não basta criar os coletivos. É preciso que haja formação com os dirigentes e com os trabalhadores”, disse o Yuri.

“Os próximos passos são levar as decisões para o CONCUT e para o nosso CECUT. Mas, independentemente disso, o coletivo LGBT dos Bancários DF, sediado e mantido pelo Sindicato, vai acontecer. É uma demanda quase silenciosa mas importante da categoria bancária local e merece a devida atenção. Estamos agora em época de responder o Censo da Diversidade dos Bancários no país todo. Conhecendo melhor nosso tamanho, podemos e devemos começar a nos organizar em paralelo a isso”, frisou Edson Ivo, diretor do Sindicato.

“As pessoas LGBT precisam se sentir bem e o meio sindical ainda é muito LGBTfóbico. Por isso, é preciso acolher”, reforçou Anderson Neves, professor da rede pública que participou da atividade.

Com o objetivo de unificar as mobilizações, o Coletivo irá tambem fortalecer a unidade com outras entidades que defendem a causa LGBT, e por meio dessa parceria realizar atividades artísticas e culturais. “Em todos os grandes movimentos, a arte esteve envolvida. Por isso, que o governo tem tanto medo de artistas”, pontuou Rebeca Cavalcanti, do Coletivo Distrito Drag.

Nos próximos dias, outros Coletivos da CUT Brasília se reunirão para definir seus planos de luta. As propostas serão encaminhadas ao 14º Congresso Estadual da CUT Brasília – CECUT, agendado para os dias 8 e 9 de novembro.

Fonte: CUT Brasília