Comissão de Constituição e Justiça aprova projeto que susta efeitos da CGPAR 23

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A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara aprovou nesta quarta-feira (10) o parecer do relator, deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), com voto pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação do PDC 956/2018, que susta os efeitos da resolução 23 da CGPAR que ataca os planos de saúde dos trabalhadores das estatais.

“No dia em que tentam retirar nossa aposentadoria, ao menos temos uma vitória, rumo à manutenção do nosso plano, conquistado com muita luta pelos empregados. E é com esse espírito que continuaremos lutando contra todos os retrocessos que querem nos impor”, declara Vanessa Sobreira, secretária de Saúde do Sindicato, referindo-se ao plano Saúde Caixa, dos empregados da Caixa.

A votação do PDC, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), tinha sido suspensa em razão da instauração da ordem do dia para análise da Reforma da Previdência, mas retornou no meio da tarde desta quarta (10). A matéria segue para apreciação do Plenário da Câmara dos Deputados.

CGPAR 23

Em setembro de 2018, as entidades representativas dos trabalhadores das estatais federais apresentaram denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) contra as resoluções CGPAR. A denúncia foi feita em nome de mais de três milhões de trabalhadores, aposentados e familiares, representados por suas entidades de classe, todos beneficiários de planos de saúde por autogestão, como o Saúde Caixa.

A denúncia aponta uma série de incoerências e infrações contidas na resolução CGPAR nº 23, tais como o desrespeito à livre negociação coletiva e à legislação setorial, a violação de direitos adquiridos, ausência de competência do Poder Executivo para legislar, entre outros pontos.

Se as medidas propostas pelo governo federal forem implementadas, os programas de saúde das estatais serão encarecidos e, portanto, excludentes. Entre outros pontos, as resoluções determinam a proibição da adesão de novos contratados, a restrição do acesso a aposentados, cobranças por faixa etária, carências e franquias e, principalmente, a redução da participação das estatais no custeio da assistência médica. 

Da Redação com Fenae