Cassi: BB recusa proposta de renovação do ‘Memorando de Entendimentos’

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O Banco do Brasil negou nesta terça-feira (10), via ofício, a reivindicação da Contraf-CUT encaminhada ao banco no último dia 5 para que prorrogasse o “Memorando de Entendimentos”, de modo a garantir os recursos adicionais para a Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi) até dezembro de 2022. O documento tem validade até dezembro de 2019. 

O pedido de prorrogação dos aportes era endossado pelas demais entidades que negociam uma solução para a Cassi, como Anabb, AAFBB, FAABB e Contec. 

Firmado em 2016, o Memorando garante o aporte extraordinário de cerca de R$ 500 milhões por ano ao Plano Associados. Desse montante, 60% são de responsabilidade do BB e os outros 40%, de responsabilidade dos associados.

A resposta do banco causa preocupação ao movimento sindical, já que, sem a entrada destes recursos, o plano de saúde dos funcionários terá ainda mais dificuldades em honrar seus compromissos com os credenciados a partir de janeiro do próximo ano. 

Não bastasse isso, o BB também negou a reivindicação dos bancários de adiantamento do montante de cerca de R$ 450 milhões, de responsabilidade do banco para o custeio do GDI (Grupo de Dependentes Indiretos). O valor é suficiente para recompor reservas exigidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Neste ponto

O banco deixou, no entanto, uma possibilidade aberta, ao responder que a antecipação dos valores do GDI só pode ser avaliada pelo banco conjuntamente com uma solução definitiva para a Cassi.

Acordo de sustentabilidade ainda distante

Também no ofício encaminhado às entidades, o banco alega que só aceita um futuro acordo que se enquadre nos parâmetros exigidos pela ANS (Agência Nacional de Saúde) e pelos órgãos de controle do governo, tais como cobrança por dependente e/ou por faixa etária, implantação da paridade contributiva e autopatrocínio para os futuros aposentados.

O banco escreveu no ofício que os valores já “previstos em orçamento e não efetivamente desembolsados” pelo banco “podem ter sua disponibilidade comprometida”. Em outras palavras: os recursos reservados para custeio dos compromissos previstos no acordo não aprovado pelos associados em maio deste ano podem não mais estar disponíveis.

“É cada vez maior a preocupação dos associados com o futuro do plano de associados. É preciso que a direção do BB e os associados estejam comprometidos com o objetivo de salvar a Cassi. Para isso, reivindicamos a reabertura imediata da mesa de negociações”, diz Rafael Zanon, diretor do Sindicato e representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa dos Funcionários.

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Da Redação com informações da Contraf-CUT