Cassi altera regra de coparticipação, prejudicando associados

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O Conselho Deliberativo da Cassi aprovou por maioria um novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas, com voto favorável dos indicados do Banco do Brasil e de Sergio Faraco, representante eleito pelos associados. Os outros conselheiros eleitos votaram contra.

Pelo novo aumento, a coparticipação dos associados sobe de 40% para 50% em consultas de emergência ou agendadas, sessões de psicoterapia e acupuntura e visitas domiciliares; e de 20% para 30% em exames e outros serviços de fisioterapia.

A proposta aprovada pelo Conselho Deliberativo ainda altera a regra do teto mensal de 1/24 do salário, com incidência única, aprovado na reforma estatutária de 2007 e que ainda estava em vigor.

A votação no conselho deliberativo aconteceu nessa segunda feira 24/06. Os detalhes da decisão ainda não foram divulgados pela Cassi.

“É a segunda vez no ano que a Cassi aumenta os valores de coparticipação. Para piorar, essa última decisão altera a regra do limitador mensal, fazendo com que os valores de coparticipação superiores ao teto de 1/24 do salário sejam cobrados dos associados nos meses posteriores. A nova regra prejudica aqueles que mais precisam e também os que têm remuneração menor. Além disso, a conta só é paga pelos participantes”, critica o diretor do Sindicato Rafael Zanon, que representa a Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão de Empresa dos Funcionários, que negocia com o BB.

Na semana passada, o Sindicato e a Contraf-CUT se manifestaram contra o aumento na cobrança. A Confederação enviou um ofício ao Conselho Deliberativo da Cassi demonstrando sua contrariedade à decisão da diretoria e pedindo para que os conselheiros, tanto os eleitos quanto os indicados, votassem contra o aumento que prejudica os associados.

“Somos contra o aumento da co-participação e defendemos, inclusive, que esta seja reduzida gradativamente e isenta a todos os participantes do Programa Estratégia Saúde da Família, como forma de incentivo à integração nos programas de prevenção que a Cassi desenvolve”, diz a Contraf-CUT no ofício.

“Orientamos, recentemente, a aprovação de uma proposta que garantia entrada de novos recursos financeiros na Cassi e continuaremos defendendo que a solução se dê de forma negociada. Para isso, já enviamos ao Banco do Brasil, patrocinador da Cassi, um pedido de reabertura das negociações”, complementou a Confederação.

Da Redação com Contraf-CUT

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