Em mais um dia de visitas às agências bancárias do DF, os diretores do Sindicato estiveram nesta quarta-feira (26) em Planaltina, Sobradinho e no Guará. O andamento da Campanha Nacional 2020 foi o principal assunto abordado, juntamente com esclarecimentos sobre a intransigência dos banqueiros que, mesmo com lucros nas alturas, insistem em não atender as reivindicações da categoria.
“Conforme deliberado em assembleia realizada ontem (25), estamos na luta, aumentando a pressão sobre os bancos e dialogando com a população, para que possamos ter uma equação de apoio para que as reivindicações dos bancários e bancárias sejam atendidas de forma adequada”, destacou o presidente do Sindicato, Kleytton Morais. Ele ressaltou a importância desses trabalhadores, “que desempenham atividades essenciais e não fogem às suas responsabilidades como, por exemplo, na atuação firme no atendimento à sociedade no pagamento dos benefícios emergenciais”.
O dirigente sindical concluiu: “Portanto, é uma atividade extremamente importante para mostrar aos bancos que não vamos aceitar nenhum direito a menos. Esse é um compromisso histórico do Sindicato com todos os trabalhadores”.
Rafael Zanon, secretário de Imprensa do Sindicato, reiterou a importância de defender a Caixa 100% pública e de aumentar a pressão para que os bancos apresentem uma proposta decente para as reivindicações dos bancários e bancárias, além de lembrar que a renda básica emergencial ao cidadão é uma conquista histórica das entidades sindicais.
“Precisamos estar unidos e atentos”
Diretor da Fetec-CUT/CN, Juliano Braga destacou o papel social dos bancos nesse momento de crise e ponderou que “estamos vivendo um ano atípico. Por isso, precisamos estar unidos e atentos, senão vamos perder o bonde. Portanto, sigamos em frente porque essa luta é única, tanto para bancos públicos como privados”.
Já Washington Henrique, diretor da Fetec, assinalou: “Estamos conversando com os bancários sobre o andamento da Campanha, e informando que os banqueiros seguem intransigentes em não atender as nossas reivindicações. Também estamos cobrando do presidente da Caixa as contratações dos aprovados nos concursos”.
Para Enilson da Silva, diretor da Fetec, “a atividade obteve uma extrema receptividade, um reconhecimento não só dos bancários, mas também da clientela, numa demonstração de que nesse momento temos condições de avançar. Então, unidade, resistência e luta”.
José Wilson, secretário de Formação Sindical da Fetec, observa que o cenário de ataques aos bancos públicos e retiradas de direitos se repete. “Nós já enfrentamos isso em outros momentos, e vamos ganhar novamente”, frisa. Segundo ele, a ganância dos banqueiros também é sempre a mesma coisa. “Eles só querem ganhar. Por isso, nosso lema este ano é ‘Na Luta com Você’. Com você bancário e bancária, com a sociedade brasiliense e brasileira”.
Dificuldades nas mesas de negociação
Ao percorrer as agências bancárias do Guará, os diretores do Sindicato também abordaram as dificuldades nas mesas de negociação com a Fenaban e com as mesas específicas do Banco do Brasil e da Caixa, retiradas de direitos e reajuste zero.
“Além dos esclarecimentos sobre a Campanha Nacional, falamos sobre a importância da união de todos os trabalhadores para reforçar a luta em defesa de nossos direitos”, pontuou Humberto Maciel, diretor do Sindicato. Ele criticou que, “independentemente da situação econômica do país, os bancos mantêm os lucros exorbitantes à custa dos trabalhadores, dos clientes e usuários”.
Diretora da Fetec, Elis Regina complementou: “Os direitos dos trabalhadores estão seriamente ameaçados e a categoria pede a resistência diante da intransigência dos bancos, que se negam a apresentar propostas dignas para a renovação da ACT e dos acordos específicos. Inadmissível aceitar uma proposta com reajuste zero + abono em 2020. Para 2021, INPC parcelado 70%/30%. Vergonhosa a postura da Caixa nas negociações, impondo mudanças que comprometem a sustentabilidade do Saúde Caixa. Exigimos a inclusão dos novos empregados no plano, a manutenção do formato de custeio sem a cobrança individual, sem cobrança por faixa etária, sem teto de custeio. Seguimos em frente na luta da categoria pela manutenção de direitos e aumento real”.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
