BRB terá que se explicar na Justiça no caso da PLR

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Sindicato vai ajuizar ação para garantir PLR aos bancários do BRB

Em virtude da negativa da direção do BRB em pagar a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do segundo semestre de 2006, os delegados sindicais, reunidos na terça-feira 12, decidiram ajuizar ação judicial para cumprimento de cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho que trata sobre a PLR.

Após distribuição do processo, segundo o rito normal da Justiça, será possível ter uma avaliação jurídica mais clara do prazo que o BRB será notificado a esclarecer sobre o não pagamento da PLR.

“Os bancários do BRB e o Sindicato querem nada mais que o reconhecimento do esforço coletivo dos funcionários para a construção do lucro do banco”, afirma Kleytton Morais, diretor do Sindicato.

No último dia 4, a diretoria do Sindicato reuniu-se com o presidente interino do BRB, Laécio Barros Júnior, para discutir assuntos de interesse do funcionalismo, entre os quais o considerado prioritário e no qual o Sindicato se deteve na maior parte da reunião: a PLR do segundo semestre de 2006.

Em resposta, o presidente interino reconheceu a legitimidade do direito dos funcionários em receber a PLR, mas argumentou que, após minuciosa avaliação jurídica e contábil do banco, não encontrou forma para realizar o pagamento.

O BRB, no exercício de 2006, apresentou lucro líquido de R$ 89 milhões, sendo R$ 58 milhões somente no segundo semestre, o que, pelo acordo coletivo, daria uma participação nos lucros de 18% de forma linear – resultando em um valor superior a R$ 4 mil por funcionário.

A diretoria anterior do banco, que se desligou em abril passado, realizou, como último ato de sua desastrosa gestão, artifício contábil – previsto em normativas do Banco Central – para provisionar todo o lucro da instituição em face de uma necessidade determinada pelo próprio BC, resultante do não recolhimento de tributos ainda da década de 90 – situação essa sub judice.

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