O Sindicato dos Bancários de Brasília voltou a mobilizar os trabalhadores do banco, desta vez em manifestação em frente ao Edifício Brasília desde as 6h30 da última quinta-feira, 7.
O objetivo foi denunciar a falta de respeito da direção do BRB, que se recusa a negociar pra valer normas para o teletrabalho e para o recebimento da PLR, duas pautas das quais os funcionários do banco não abrem mão, porque representam maior qualidade de vida e a real valorização daqueles que fazem o lucro da instituição.
Enquanto a maior parte dos bancos já divulgou seus balanços e muitos já estão com agenda para distribuição da PLR aos seus empregados, o BRB nem mesmo se dispõe a discutir a proposta já apresentada pelo Sindicato de tornar a PLR deste ano mais justa.
“Estamos nesse protesto por negociação já, por valorização dos funcionários, uma valorização real, e falamos venha conosco, negociação já!” reforçou o diretor do Sindicato, Cristiano Severo.
Por conta da manifestação, a abertura da unidade foi retardada e os profissionais da DITEC, área de TI do BRB, autorizados a voltar para casa para trabalhar de forma remota. Mas os trabalhadores não se intimidaram e manifestaram seu apoio e concordância com a necessidade de mobilizar e exigir respeito. O apoio e engajamento dos trabalhadores foi demonstrado na marcante reunião do último dia 5 de março e se agora ontem, com total apoio dos funcionários e dos trabalhadores de TI terceirizados ao ato de protesto.
Um ponto marcante que ficou bem claro para os funcionários é que quando interessa, a atual gestão do banco autoriza o trabalho remoto em 100%, mas para atender aos trabalhadores estabelecem uma série de restrições e impedimentos que não se justificam frente a realidade dos fatos. Ou seja, o teletrabalho se prova totalmente praticável não só na TI, mas também no CNC, e em toda DG do BRB. Não prejudica o serviço prestado, representa mais economia para a empresa e para o trabalhador, pode trazer maior qualidade vida para o empregado que às vezes perde mais de duas horas do seu dia para se deslocar.
“Para os trabalhadores do Edifício Brasília e CNC fica cada vez mais claro que a diretoria do banco não concede o teletrabalho porque não quer. Os olhos chegavam a brilhar nos andares em que passamos, quando falamos da possibilidade de trabalhar em casa, não perder mais de três horas no trânsito, como relataram alguns colegas, de economizar com combustível para transporte, poder contar com mais horas para cuidar de si mesmo, dos filhos e da família.Essa opção tem um impacto direto em toda sua vida”, ponderou Ronaldo Lustosa, diretor do Sindicato.
Um fato triste durante o ato, foi a pressão psicológica tremenda por parte da gerência de uma área especifica, tumultuando uma manifestação pacífica e tranquila, onde o que se via eram sorrisos e descontração, até que essa gerência, que não é da DITEC, começar a violência psicológica nos seus subordinados. “Uma clara prática antissindical, se hoje estamos aqui fazendo essa paralisação, é para defender o seu direito, isso só demonstra a intransigência do banco,” destaca a diretora do Sindicato, Samantha Nascimento.
O Sindicato agradece ao massivo apoio dos bancários à iniciativa, aos demais diretores sindicais de outros bancos que bravamente participaram do ato, e reitera que os colegas do BRB devem ficar atentos às mobilizações que serão convocadas em nossas redes sociais, e intensifiquem a pressão para que o banco negocie com a categoria. Nossa vitória depende da luta de cada um.
Da Redação
