BRB apresenta lucro, mas balanço preocupa

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O BRB divulgou nesta quinta-feira (18) seu resultado referente ao primeiro trimestre. O resultado apresentou um lucro de R$ 70 milhões, crescimento de 20,3% comparado ao mesmo período do ano passado.

O que à primeira vista parece ser um bom resultado, quando analisado mais detalhadamente evidencia uma situação que preocupa, já que foi construído com resultado não recorrente, ou seja, não foi fruto da operação bancária e sim de alienação de ativos do banco, associado a uma baixa de provisão de créditos duvidosos, colocando o BRB em desalinho com o mercado bancário, que elevou suas provisões para devedores duvidosos.

“Desconsiderando o lucro não recorrente, o resultado do BRB no primeiro semestre foi deficitário em R$ 64,1 milhões. Não fosse o estorno de provisões e o recebimento de R$ 77 milhões referentes à parceria para a operação da Loteria do DF, neste trimestre seria registrado prejuízo”, afirma Robson Neri, secretário de Relações com a Comunidade do Sindicato.

Aliás, o uso de recursos de eventos não recorrentes tem sido uma estratégia corriqueira do BRB nos últimos balanços. Os lucros apresentados têm sido muito impactados por esses eventos. Ou seja, eliminando-se o efeito deles dos balanços, o BRB tem apresentado resultados declinantes.

“O BRB é uma empresa estratégica para o DF, é intermediadora de recursos essenciais para a geração de emprego e renda, além de ser operadora de diversas políticas públicas do DF, como pagamento de benefícios sociais, operacionalização do plano de saúde do GDF e gestão do Na Hora, além de ser o gestor da conta do GDF. Ele tem tudo para ser cada vez mais robusto e apresentar resultados condizentes com a pujança do banco. O que está ocorrendo então, a atual gestão precisa explicar essa peculiaridade do banco, que tem se escorado principalmente em venda de ativos para apresentar lucro. Em algum momento, isso acaba, e aí o que será?”, pergunta Ivan Amarante, diretor do Sindicato.

Da Redação