O governo de Jair Bolsonaro quer realizar mais um adiamento do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para utilizar a verba da pesquisa em outras áreas. Censo já havia sido adiado de 2020 para 2021, e agora deve ocorrer apenas em 2022.
De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico, a ideia do governo é realocar os recursos no Ministério da Defesa, entre outras áreas. O ex-presidente do IBGE, Roberto Olinto, considerou o adiamento “uma tragédia”.
“Mais importante do que qualquer coisa que possa sair do Ministério da Defesa é o censo. Que também deve ser pauta desse ministério. O censo é estratégico também sob a ótica militar”, disse, em entrevista ao jornal.
Ele afirma ainda que, caso ocorra adiamento, seria a primeira vez na história que o censo seria realizado em ano com final “2”. De acordo com ele, isso geraria “um desajuste na produção de série histórica muito grande”.
A pesquisa ocorre a cada dez anos e é responsável por levantar um panorama da situação demográfica, social e econômica do país. Resultados são essenciais para a elaboração de políticas públicas.
Fonte: Revista Fórum