Bessa é derrotado e recursos da Educação e Saúde não irão para ministério da bancada da bala

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O deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) foi derrotado na noite dessa quarta-feira (13/6) ao tentar retirar mais de R$ 1 bilhão da Educação e da Saúde do Distrito Federal. Com a rápida atuação de dirigentes e militantes cutistas, que pressionaram o parlamentar na Câmara e nas redes sociais, Bessa retirou sua proposta antes mesmo que ela fosse apreciada.

O objetivo do deputado federal, que integra a bancada da bala, era pegar a cifra bilionária vinda do Fundo Constitucional do Distrito Federal e aplicá-la no Ministério da Segurança Pública, criado pela Medida Provisória nº 821. Essa realocação seria feita através de emenda à MP.

“Não é a primeira vez que Laerte Bessa atua contra a educação, contra a saúde e, consequentemente, contra o povo. Ele também votou favorável à reforma trabalhista e à emenda constitucional 95, que congela por 20 anos o reajuste de investimento nas áreas sociais, causando prejuízos graves ao desenvolvimento do país. É importantíssimo que a população do Distrito Federal se lembre disso nas eleições de 2018. Não podemos manter deputados como Larte Bessa como nossos representantes na Câmara dos Deputados”, alerta o presidente interino da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues.

Durante sessão do Plenário na noite dessa quarta, Laerte Bessa pediu a fala durante a votação de outra proposta para defender a aprovação de sua emenda à MP que cria o Ministério da Segurança Pública. De imediato, o parlamentar foi duramente criticado por deputados de todo o país e, diante da situação vergonhosa que provavelmente resultaria em sua derrota, Bessa retirou a proposta que desfalcava os recursos da saúde e da educação do DF antes mesmo de ela ser apreciada.

Caso aprovada, a emenda de Laerte Bessa geraria uma perda mais de 430 milhões só para a Educação. Já a Saúde, perderia 4% do seu orçamento. “A verba seria aplicada em ações que corroboram com a ideia de programas que vão na linha absurda da ideia de ‘bandido bom é bandido morto’, defendida pela bancada da bala, que Bessa faz parte. Um ministério que, na realidade, é um total desserviço à sociedade Brasileira e um ataque frontal à população em vulnerabilidade social, perseguida diariamente pelas polícias comandadas pelo governo golpista”, analisa o presidente interino da CUT Brasília.

Com a derrota de Laerte Bessa, a medida provisória que cria o Ministério de Segurança Pública será encaminhada ao Senado Federal sem nenhuma alteração no Fundo Constitucional.

Fonte: CUT Brasília, com informações do Sinpro-DF