BB: paralisação desta segunda (29) demarca repúdio dos bancários ao retorno presencial do grupo de risco

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A decisão unilateral do Banco do Brasil de retorno ao trabalho presencial dos bancários e bancárias do grupo de risco mobilizou a categoria local para um protesto na manhã desta segunda-feira (29). O Sindicato, pondo em prática o que ficou definido em plenária, organizou paralisações em diversas agências em forma de repúdio, frisando a necessidade de mais contratações, mais saúde e melhores condições de trabalho. Nova plenária está marcada para esta noite, a partir das 19h (clique aqui para participar).

Movimento sindical e Fenaban fazem rodada de negociação na tarde desta segunda. Em breve, mais informações.

Presidente da Sindicato, Kleytton Morais diz que medida do BB coloca em risco a saúde e a vida de bancários, clientes e usuários

O descontentamento diante da decisão do banco, que não foi negociada, também se sustenta no descumprimento por parte do BB do acordo específico para o período da pandemia. Segundo a secretária de Mulheres do Sindicato e bancária do BB, Zezé Furtado, “o documento estabelece que os trabalhadores precisam ter condições seguras para sair do home office e retornar ao trabalho presencial. No entanto, o banco deliberou pela volta de todo o grupo de risco sem as devidas condições de saúde e segurança”.

Humberto Maciel, diretor do Sindicato, ressaltou que o acordado entre o banco e os trabalhadores foi frontalmente desrespeitado. “No momento em que uma nova cepa é descoberta e a pandemia volta a assustar o mundo, o BB descumpre e desrespeita o acordo assinado que garantia às pessoas do grupo de risco a segurança do trabalho remoto”.

Segurança é a palavra de ordem para a entidade. José Wilson, dirigente da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), comentou sobre a exigência das entidades representativas: “o que exigimos é a manutenção dos trabalhadores do grupo de risco na modalidade do teletrabalho até que seja seguro o retorno. Quanto aos demais funcionários, queremos negociar com o banco para garantir as melhores condições de trabalho, considerando primeiramente a vida e a saúde de todos, inclusive de clientes e usuários”.

“Hoje é um dia de luta contra o completo absurdo do Banco do Brasil. As normas de segurança foram ignoradas, assim como a importância desses trabalhadores que fazem deste um banco a serviço do povo brasileiro. É em defesa da vida dos bancários e de seus familiares que cruzamos os braços nesta segunda”, frisou o secretário jurídico da Fetec Centro Norte e bancário do BB, Wescly Queiroz.

“Além do desmando do banco, ao exigir o retorno das pessoas do grupo de risco, a direção do BB alterou o horário de funcionamento das agências sem qualquer tipo de comunicação, demonstrando completo desrespeito com seus funcionários e a população que precisa de atendimento bancário”, comentou a secretária-geral do Sindicato, Fabiana Uehara.

Os canais de denúncia do Sindicato foram reforçados para manifestação dos trabalhadores do grupo de risco convocados ao trabalho presencial.

Joanna Alves
Do Seeb Brasília