A condição imposta pelo BB levou as negociações a um impasse, uma vez que a Comissão de Empresa não aceita a co-participação, como foi definido no Congresso Nacional dos Funcionários. A Comissão de Empresa solicitou ao BB a apresentação dos números que balizaram sua proposta, já que os dados apresentados pelos diretores eleitos da Cassi destoam daqueles divulgados pela instituição. Mas o BB insiste em escondê-los.
É a partir destes dados que vamos negociar para chegar a um consenso, sendo necessário, portanto, que tenhamos acesso a eles.
O projeto do BB não resolve os problemas da Cassi. Nossa contraproposta é viável e vai equilibrar as contas. A Cassi é uma grande conquista do funcionalismo do BB e não pode continuar com esse impasse que compromete o seu futuro, destaca Mirian Fochi, diretora do Sindicato e membro da Comissão de Empresa.
Os principais pontos das duas propostas para a Cassi
Assunto |
Proposta da Contraf-CUT |
Proposta do Banco do Brasil |
Aporte financeiro do BB |
R$ 400 milhões |
R$ 200 milhões em quatro anos |
Co-participação em exames |
Contra |
15%, com teto de 1/12 do salário |
Contribuições sobre abono e 13º |
Contra |
Não prevê |
Funcionários pós-98 |
Cumprimento do Estatuto: contribuição patronal com diferença de 1,5 vez mais que o associado |
Contribuição
|
Dependentes indiretos |
Que o BB assuma a dívida acumulada R$ 75 milhões e o custeio do grupo |
Custeio do déficit anual até a extinção do grupo. Não assume a dívida passada |
Diretoria eleita |
Eleições a cada dois anos, como é hoje |
Eleições a cada quatro anos |