BB lucra R$ 4,8 bi no primeiro semestre; bancários reivindicam PLR justa

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 4,824 bilhões no primeiro semestre de 2016. O decréscimo de 45,3% em relação ao mesmo período de 2015 deve-se à criação da Cateno naquele período, que decorreu da venda da parte de cartões da empresa, impulsionando o lucro no primeiro semestre de 2015.

O patrimônio líquido ajustado totalizou R$ 83,4 bilhões, com alta de 15,1% no período. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 10,4%, com queda de 10,5 p.p. em doze meses. Já o lucro líquido ajustado, que exclui resultados extraordinários, alcançou R$ 3,087 bilhões.

 A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 767,8 bilhões, com queda de 1,3% em 12 meses, e de 3,1% no trimestre. A carteira pessoa física somou R$ 197 bilhões (+5,7% em 12 meses), a de pessoa jurídica R$ 333,9 bilhões (-5,5%) e a de agronegócio R$ 184,5 bilhões (+9,6%).

O índice de inadimplência foi de 3,27% em junho de 2016 e registrou alta de 1,4 p.p. em 12 meses, sob impacto do segmento de óleo e gás. Com esse resultado, a inadimplência no banco ficou bem próxima à média do Sistema Financeiro Nacional no período, que foi de 3,50%. As despesas com provisões somaram R$ 14,2 bilhões, com alta de 30,4% em 12 meses.

Entre os resultados do banco destacam-se as receitas de R$ 23,8 bilhões com Títulos e Valores Mobiliários (TVM), que tiveram queda de 16,3% em 12 meses. As receitas com serviços e tarifas totalizaram R$ 11,6 bilhões com elevação de 7,6%, enquanto as despesas com pessoal (inclusive PLR) somaram R$ 11,1 bilhões (+1,6%), o que resultou num índice de cobertura de 104,3% em junho de 2016.

Quanto à rede de atendimento, o banco somou 5.428 agências em junho de 2016, 116 a menos que no mesmo mês em 2015. A Rede Mais BB (correspondentes bancários e Banco Postal) somou 14.110 unidades (- 464 unidades em 12 meses). Ampliou-se em 1,152 milhão o número de clientes, somando 64,2 milhões de correntistas. O banco registrou 109.615 trabalhadores em junho de 2016, totalizando 2.710 a menos que em junho de 2015.

(R$ milhões)

Fonte: Banco do Brasil – Demonstrações Financeiras Consolidadas – 1º semestre de 2016

PLR justa

Diante dos resultados expressivos auferidos pelo BB, os bancários cobram uma PLR justa. A pauta específica foi entregue pela Comissão de Empresa ao presidente Paulo Cafarelli nesta quinta-feira (11), em São Paulo, contendo as demandas do funcionalismo em relação ao tema, para o início das negociações.

Na Campanha Nacional deste ano, os bancários reivindicam na mesa da Fenaban, a título de PLR, o pagamento de três salários mais valor fixo adicional de R$ 8.317,90, conforme deliberação da 18ª Conferência Nacional dos Bancários.

A PLR do BB tem regra diferenciada dos demais bancos. Isso porque ela é composta por dois módulos: o módulo Fenaban, que determina pagamento de 45% do salário mais parcela fixa, e o módulo bônus, que tem valor variável, pois depende do resultado do desempenho de cada unidade. Com isso, a quantia recebida pelo funcionário não tem relação com o valor de dividendos pagos aos acionistas.

“A PLR é uma conquista dos trabalhadores e faz parte do acordo coletivo com o BB. Assim, seu pagamento está garantido. Estamos mobilizados para garantir melhorias na distribuição, item que será discutido na mesa de negociação da Campanha Nacional dos Bancários 2016”, informa o secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon, membro da Comissão de Empresa dos Funcionários.

Da Redação