Bancários reforçam mobilização e paralisam atividades das agências bancárias do Lago Sul

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A intransigência dos banqueiros, que insistem numa proposta rebaixada de reajuste para os bancários e bancárias, escancarada na negociação da Campanha Nacional Unificada desta segunda-feira (29), reforçou a mobilização dos trabalhadores que, mais uma vez, foram às ruas e realizaram também paralisação das atividades das agências nesta terça-feira (30), para denunciar o descaso com a categoria.

Em Brasília, a ação ocorreu pela manhã nas unidades do Centro Comercial Gilberto Salomão e do Lago Sul, onde os dirigentes sindicais dialogaram com bancários e a população, esclarecendo a resistência dos bancos em apresentar uma proposta decente que atenda aos interesses da categoria.

“O movimento é nacional e está se intensificando, e vamos avançar se não houver reposição, pelo menos, da inflação do período. É um absurdo como os banqueiros têm agido com quem sempre apresentou resultados positivos”, ressaltou Wlamir Ubeda, diretor da Fetec-CUT/CN. E assegurou: “A nossa manifestação vai pipocar em várias regiões e vai prosseguir”.

Diretor do Sindicato, Cristiano Severo endossou: “Até agora, os banqueiros têm se mostrado resistentes, mas nós já estamos em estado de greve e conclamamos a todos a aderirem ao movimento se os bancos não cederem à pressão dos bancários. É necessário que tenhamos o reajuste dos nossos salários para recompor o nosso poder de compra, que foi corroído pela inflação e ainda garantir o ganho real, além de outros benefícios, que são conquistas dos trabalhadores”.

“Infelizmente, em mais uma rodada de negociação, a Fenaban mostra o total desrespeito com a categoria bancária impondo reajuste abaixo da inflação e pretendendo substituir por aumento no vale-alimentação. Mas continuamos mobilizando a categoria e, se for necessário deflagrar uma greve, a culpa será dos banqueiros, que estão com as nossas reivindicações há mais de dois meses e ainda não apresentaram propostas aceitáveis”, complementou Sandro Oliveira, diretor do Sindicato.

Apoio da população

Rejane Ferreira, diretora da Fetec-CUT/CN, reforçou a importância da mobilização e do apoio da população. “Estamos paralisando os serviços bancários durante todo o dia, em resposta à intransigência da Fenaban. Nós não queremos perder direitos. Não somos escravos, somos trabalhadores”, enfatizou.

Marlene Dias, diretora da Fetec-CUT/CN, lembrou que o estado de greve também é em benefício da população e do cliente. “Queremos não só aumento para os bancários, mas dilatar o prazo de atendimento para os clientes e usuários, e que essas taxas exorbitantes sejam reduzidas”, afirmou, referindo-se à cobrança abusiva dos bancos sobre os serviços bancários.

Já o diretor da Fetec-CUT/CN Francinaldo Costa reiterou que os bancários e as bancárias merecem uma proposta decente dos banqueiros. “Banqueiros, deem valor a quem contribui para o lucro dos bancos”, assinalou.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília