Bancários e bancárias de Brasília entram em assembleia permanente. Categoria rechaça reajuste zero

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Os bancários e bancárias de Brasília estão em assembleia permanente a partir da noite desta quinta-feira (27), prontos para a luta pela preservação de todos os seus direitos e contra o rebaixamento salarial que os bancos têm tentado impor na mesa de negociação.

A decisão foi tomada em assembleia geral remota que contou com participação de cerca de 1.500 trabalhadores.

Na rodada de negociação desta quinta-feira, a Fenaban voltou a insistir em reajuste zero com abono para 2020 e reposição somente da inflação para 2021. A representação dos bancos assegurou a preservação de todos os direitos consagrados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), mas essa garantia é ainda um desafio nas mesas de negociação dos acordos específicos com as direções dos bancos públicos.

Conforme relataram os dirigentes do Sindicato que participam das negociações específicas com o BB e a Caixa, há ainda muitas barreiras a serem transpostas nas negociações. Marianna Coelho, da Comissão de Empresa do BB, apontou como questões que inviabilizam o acordo, entre outras, a redução da parcela linear da PLR e a redução dos ciclos avaliatórios para descomissionamentos. Já Antonio Abdan, da CEE/Caixa, destacou questões relativas ao Saúde Caixa e à retirada da PLR Social.

A defesa dos bancos públicos foi apontada também pela assembleia geral como tema central na mobilização dos trabalhadores. As participações da presidenta do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos, Amanda Gomes, e do presidente da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, reforçaram a necessidade de fortalecimento da mobilização em defesa das estatais, dos serviços públicos e dos trabalhadores.

O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, conclamou os bancários e bancárias a reforçarem neste momento decisivo das negociações a contribuição que têm dado à pressão sobre os bancos, seja se integrando à assembleia permanente ou participando das discussões nos locais de trabalho e das ações de mobilização de rua e nas redes sociais.

“Foi com essa postura participativa de todos e todas que conseguimos fazer os bancos recuarem nos ataques à nossa Convenção Nacional. Precisamos seguir unidos e atuantes para rechaçar o arrocho salarial, garantir a regulamentação do home office, preservar as nossos empregos e impedir o desmonte e a privatização dos bancos públicos”, salientou.

As negociações com a Fenaban e as direções do BB e da Caixa prosseguem. A assembleia permanente será acionada a qualquer momento.

Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília