No último sábado (29), o Brasil e o mundo viram as ruas do país serem tomadas por pessoas que não aguentam mais o descaso do governo Bolsonaro. Em carreatas e passeatas, brasileiros e brasileiras bradaram palavras de ordem pedindo o impeachment do presidente que há mais de um ano transparece seu completo desprezo pela vida e pela ciência. A categoria bancária da capital federal se juntou ao movimento e fez ecoar pela Esplanada dos Ministérios o grito de ‘Fora, Bolsonaro’.
No DF, bancários e bancárias saíram em carreata logo no começo da manhã. De máscara no rosto e álcool gel na mão, os trabalhadores unificaram suas vozes ao coro da sociedade civil e de integrantes de movimentos sociais para escancarar os ataques de Bolsonaro. Dentro dos carros ou a pé, respeitando o distanciamento, o que se ouviu foram críticas contundentes sobre a condução desastrosa da pandemia que vitimou mais de 460 mil pessoas.
“É extremamente importante que tomemos as ruas para defender a vida dos brasileiros, claro, respeitando as recomendações das organizações de saúde”, ponderou o presidente do Sindicato e bancário do BB, Kleytton Morais.
De cima do carro de som, o presidente do Sindicato coordenou o carro de som que conduziu pelo Eixo Monumental até a Rodoviária do Plano Piloto e com dirigentes do Sinpro-DF, ADUNB e outras entidades sindicais se revezaram para expor os motivos pelos quais os brasileiros querem o fim do governo Bolsonaro. Kleytton frisou que “a categoria bancária e o Brasil estão sendo atacados por esse desgoverno. Bolsonaro aproveita da pandemia para efetivar o saque do país e inviabilizar o Brasil. O processo de entrega de patrimônio, de abertura de capital, de venda e liquidação de ativos importantes do BB e da Caixa, por exemplo, são estratégias de destruição de Bolsonaro que não tem plano de governo, mas plano de negócio que pretende vender o país”.
A expressiva participação das categorias organizadas, que reuniu mais de 2500 veículos na carreata, atesta a indignação em relação aos ataques do desgoverno e que os trabalhadores entenderam a urgência do chamado dos sindicatos, avalia Kleytton, que adianta: “permaneceremos nas ruas, com os cuidados redobrados, e intensificaremos a luta em defesa da vida, dos direitos, pela priorização da categoria no PNI, por vacina já pra todos e contra as privatizações e desmonte do Estado. Estejam atentos às próximas convocações”. E finaliza: “quero ainda parabenizar a expressiva participação da nossa categoria, bancárias e bancários da ativa e aposentados!”.
Só no Brasil, o ato #ForaBolsonaro chegou a 200 cidades. Centenas de milhares de pessoas nas ruas revelam que, mais perigoso que o coronavírus, é um governo que não viabiliza vacina para todos e não respeita a ciência como saída para a pandemia. Fora das fronteiras do país, outras 14 nações também entraram na corrente em defesa da vida. Alemanha, Bélgica, Inglaterra, Portugal, Holanda, França e Suíça foram alguns dos países que integraram a mobilização contra o governo que já é a maior realizada em tempos de pandemia.
Joanna Alves
Do Seeb Brasília
