Bancários do BB cobram melhorias

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Condições de trabalho

A proporção clientes x bancários aumentou em média nos últimos anos de 150 para 250 clientes por bancário. Com isto o número de vítimas de acidente de trabalho em nossa categoria tem tido grande aumento. Com a redução na dotação, ocorrida na reestruturação de 2007, o banco aumenta a possibilidade de mais funcionários ficarem incapacitados temporariamente ou de forma permanente para o trabalho, devido a problemas de LER/Dort ou depressão. É necessário que o BB reveja seu posicionamento sobre a extinção de 4.284 funções de caixa-executivo em seu corpo funcional e respeite a Norma Reguladora nº 17, que garante o intervalo de 10 minutos para cada 50 trabalhados. Realmente, a saúde dos trabalhadores não é preocupação da atual diretoria do BB.

Redução das dotações

Um dos graves problemas que há atualmente no BB é a necessidade de mais funcionários. Em Brasília, existem centenas de vagas disponíveis para novos colegas na rede de agências. Também necessita uma revisão imediata na dotação das dependências.

"É necessário uma revisão imediata das dotações das dependências. Devido à reestruturação ocorrida ano passado, as condições de trabalho pioraram de forma substancial, ficando abaixo até das condições oferecidas pela rede privada, sem falar nas confusões e agressões ocorridas nas agências, em virtude da péssima qualidade de atendimento disponível para os clientes, principalmente de baixa renda", lembra Rodrigo Britto, presidente do Sindicato.

Prorrogação do concurso de 2006

O Sindicato reafirma que a prorrogação do concurso de 2006 é imprescindível, devido à necessidade de aumentar a quantidade de funcionários nas dependências para prestar melhor atendimento ao público e aliviar a sobrecarga de trabalho sofrida pelos bancários da ativa.

Fim das terceirizações

O Sindicato sempre foi contra a terceirização dos serviços bancários como, por exemplo, o processamento dos envelopes do auto-atendimento e da área de tecnologia. As conseqüências mais graves da terceirização são a precarização das condições de trabalho e a redução de direitos e benefícios para os trabalhadores. Com o intuito de coibir a terceirização indiscriminada, a Contraf/CUT protocolou representação no Ministério Público do Trabalho (MPT) denunciando a prática em todos os bancos.

Respeito à jornada

O respeito à jornada de seis horas é fundamental para a melhoria da qualidade de vida dos bancários e ajuda no combate a doenças como LER/Dort, depressão, e outras doenças mentais. São necessárias mais que 6 horas diárias para bater as metas e atender todas as demandas. A categoria já tem uma convenção coletiva que determina uma jornada de 30 horas semanais. Esta convenção exis-te há muito tempo e é decorrente das dificuldades enfrentadas na realização do trabalho bancário.

Outro grave problema é a fraude no ponto eletrônico: Diversos colegas trabalham fora do ponto, muitas vezes na chave de outro funcionário com o objetivo de colocar o serviço em dia. Em virtude disso, acabam respondendo a inquéritos administrativos e sendo demitidos. Ou seja, não trabalhe fora do ponto. A responsabilidade de aumentar o número de funcionários para realizar as demandas é do banco.

Inquéritos administrativos

Todo dia nas agências, diversos funcionários improvisam e descumprem normas do LIC em prol do melhor atendimento para os clientes e dos interesses do BB. Esses colegas realizam tais práticas devido a dotações insuficientes e falta de condições adequadas de trabalho. É comum ver a prática de fraude no ponto eletrônico, comparti-lhamento de senhas e desvio de função, entre ou-tras práticas ilícitas. O Sindicato alerta a todos os funcionários para cumprirem estritamente sua jornada e suas atribuições, pois é comum ver colegas dedicarem suas vidas a esta instituição financeira e serem demitidos ou penalizados por práticas que não caracterizam má-fé, mas sim, ao contrário, buscaram alternativas acreditando estar contribuindo para o sucesso do Banco do Brasil e sofrem sanções sem a menor piedade. Todo bancário que receber qualquer interpelação deve procurar o departamento jurídico do Sindicato e ter a presença de um diretor em seu atendimento. Não marque bobeira, é seu emprego que está em jogo.

Lateralidade

A substituição deixou de existir formalmente no BB, ou seja, não existe mais salário de substituição. Agora, quando um funcionário substitui seu superior, não ganha a mais por exercer uma função que tem um salário maior que o seu. Se um gerente de agência, por exemplo, tira férias, fica doente ou mesmo se ausenta por um ou dois dias para fazer um curso, o funcionário que fica no seu lugar não ganha, pelos dias em que fez a substituição, o salário do superior. Isto é trabalhar de graça. E ainda constitui desvio de função, já que o substituto vai desempenhar tarefas que não são inerentes ao cargo que ele ocupa.