Bancários do BB apontam pontos críticos nas agências físicas

0

Funcionarias e funcionários de agências físicas do Banco do Brasil de Brasilia participaram na noite desta quarta-feira (24) da primeira da série de plenárias setoriais convocadas pelo Sindicato para produzir diagnóstico dos problemas relacionados às condições de trabalho e à gestão de pessoas, em preparação para seminário sobre o banco e para indicação de prioridades a serem, desde já, tratadas em mesa de negociação ou via jurídico.

A plenária, realizada em formato hibrido (presencial e virtual), foi coordenada pelo diretor da Fetec-CUT/CN Girolamo Bianco, que é também coordenador do Coletivo do BB no DF, e a secretaria do diretor de Aposentados, José Wilson. A apresentação das diretrizes para o diagnóstico ficou a cargo do secretário de Finanças, Eduardo Araújo, com informes de Rodrigo Britto, secretário de Formação da CUT-DF e vice-presidente do Diap, de Wadson Boaventura, diretor da Fetec-CUT/CN e de Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT.

Eduardo Araújo destacou em sua apresentação questões relacionadas às agências Pilar Varejo, como problemas no atendimento presencial, desvio de função, revisão de encarreiramento e remuneração, sucateamento das agências (ambiência), contratação de mais funcionários, pagamento de horas extras, cursos presenciais, problemas de PDG, GDP e Conexão, certificações, pagamento de horas extras e imposição de metas abusivas.

Também foram expostas questões relacionadas às agências Estilo Presencial, com destaque para condições de trabalho, reuniões e cobranças excessivas, dimensionamento de carteiras e metas, quantitativo de pessoal, programa Performa e metas abusivas, terceirização indevida para Coban, remuneração e encarreiramento e programas de avaliação, entre outros.

Os bancários e bancárias de agências físicas confirmaram os problemas relatados e apontaram como problema crucial nas unidades a persistência do modelo de gestão baseado na imposição de metas abusivas, na pressão por metas e assédio moral.

Destacaram ainda:

  • sobrecarga de trabalho
  • desvio de função
  • terceirização
  • excesso de carteiras por gerente (sem assistente)
  • atendimento seletivo para clientes
  • excesso de segmentos
  • pressão por vendas
  • atribuições sem separação por nível funcional (desvios de função)
  • imposição de metas (sem discussão e sem aceitação de justificativas)
  • péssima ambiência
  • ausência de encarreiramento nas dependências e falta de incentivo à permanência na agência
  • pessoas que ingressaram no banco com ação judicial foram excluídas de nomeações
  • abandono do atendimento presencial
  • carência de quadro
  • terceirização através de correspondentes bancários (assédio aos clientes com contratação indevida de produtos)
  • sistemas de avaliações múltiplas e inadequadas
  • falta de segurança para gozo de férias
  • e muitas pessoas escondendo ou não fazendo tratamento adequado de doenças

Wadson Boaventura lembrou que “os dados sobre saúde dos trabalhadores estão gravíssimos” e que funcionários em licença saúde retornam ao trabalho por risco de perder a função. “As metas abusivas estão sendo impostas à custa da saúde do trabalhador. Temos que colocar como prioridade em nossa pauta a questão do tempo para recuperação da saúde”, enfatizou o diretor da Fetec-CUT.

Calendário das próximas plenárias setoriais:

• 1º/06 – PSO e caixas
• 15/06 – escritórios digitais
• 22/06 – Ditec
• 29/06 – DG e
• 06/07 – Cenop

Evando Peixoto
Colaboração para o Seeb Brasília