Bancários definem em plenária contraproposta para PCS da Caixa

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Bancários da Caixa Econômica Federal reunidos na Plenária Nacional que discutiu a nova tabela de unificação do PCS. Na 2ª fileira, os diretores do Sindicato Wandeir Severo (braços cruzados) e Alexandre Severo (camisa vinho)

Bancários da Caixa Econômica Federal de todo o Brasil definiram na última sexta-feira 16, durante Plenária Nacional em Brasília, a contraposta dos empregados para a unificação da tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS) do banco, que apresentou sua proposta finalizada na última negociação com os bancários, em 30 de abril.

Foi um dia inteiro de debates e discussões, marcados por exposições sobre as concepções e a fundamentação para orientar o debate sobre o PCS. Também foram apresentadas as propostas que os sindicalistas trouxeram de suas bases para a composição da contraproposta dos empregados que será apresentada para a Caixa após apreciação das bases.

Os trabalhadores rejeitaram a vinculação da migração para o novo PCS à não participação no Reg/Replan, prevista na proposta apresentada pela Caixa. Outra discordância importante em relação à proposta do banco é o número de níveis da tabela. Os empregados defenderão a criação de uma tabela com 36 níveis, enquanto o banco trabalha com uma tabela de 72 níveis.

Os bancários também firmaram posição contrária ao estabelecimento de limite de 1% da folha de pagamento para promoções colocado pelo banco. No caso da promoção por merecimento, os sindicalistas defendem também que seja concedido de um a dois deltas por ano. E propõem a concessão de 1 referência a cada dois anos trabalhados, retroativo a 1992, a título de compensação do período em que não houve promoções por merecimento a Escriturários e Técnicos Bancários (TB).

A plenária estabeleceu ainda piso de R$ 1.244 e teto de R$ 3.700 para a proposta dos empregados, o que está praticamente fechado com a Caixa. Outro ponto de concordância é a opção de adesão dos Técnicos Bancários Superiores (TBS) na nova tabela.

Calendário

Entre os dias 19 e 29 de maio, as entidades sindicais realizarão debates e mobilizações com a base para discutir a contraproposta dos trabalhadores. No dia 30, o documento com as reivindicações dos empre-gados será entregue à Caixa. Ficou definido também o dia 4 de junho como Dia Nacional de Lutas pelo PCS da Caixa, com mobilizações, atos e protestos em todo o Brasil.

Os trabalhadores estabeleceram o dia 19 de junho como data limite para o retorno da Caixa em relação às propostas apresentadas. Depois disso, as entidades sindicais realizarão, no dia 26 de junho, assembléias com os trabalhadores para avaliar a proposta final e decidir por sua aprovação ou não.
Foi também marcada para o dia 28 de junho a realização de uma nova Plenária Nacional, caso a proposta apresentada pela Caixa não seja aprovada nas assembléias dos trabalhadores, para definir a continuidade do movimento.

Sindicato percorre locais de trabalho para discutir o tema

Desde o mês de abril, o Sindicato vem percorrendo as dependências da Caixa a fim de debater os pontos apresentados pelo banco para a unificação da tabela de PCS e colher subsídios para a formulação de uma contraproposta que contemple a necessidade dos empregados.

As discussões promovidas pelo Sindicato foram realizadas de forma direcionada para os cargos de Nível Médio – Escriturários e Técnicos Bancários. O Sindicato ouviu em separado o segmento dos Técnicos Bancários Superiores (TBS), que não vêem atendidas suas reivindicações na proposta apresentada pela Caixa. Nela, o banco oferece a esse segmento oportunidade de adesão, já que permite a eles a participação em processos seletivos.

O Sindicato já se reuniu até o momento com os bancários dos prédios das matrizes I e II; da REDEA; do Edifício Centro-Oeste; com os empregados das unidades da 507 Norte; e na CEATI (SIA). Seguindo o calendário definido durante a Plenária, as visitas aos locais de trabalho da Caixa para discutir o assunto vão continuar.

"A capacidade de mobilização dos empregados é que fará a Caixa a atender a nossa contraproposta. Por isso é importante que todos participem das discussões, principalmente os técnicos bancários, já que a unificação das tabelas representará uma grande vitória na luta pela isonomia", frisa o diretor do Sindicato Wandeir Severo.

Foto: Augusto Coelho/Fenae