Bancários cobram do ministro da Saúde inclusão da categoria no plano de vacinação

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Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, recebeu nesta quarta-feira (2) mais um pedido de inclusão dos bancários e bancárias no grupo de prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI). O ofício, enviado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), também solicita uma reunião remota para apresentar os dados dos mais de 450 mil trabalhadores da categoria.

Assinado pela presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, o documento reforça as informações enviadas anteriormente, em 13 de março deste ano, sobre a essencialidade da atividade bancária durante a pandemia do novo coronavírus. Além do atendimento usual de clientes e usuários do sistema bancário, esses trabalhadores viabilizam o acesso da sociedade aos benefícios sociais.

O documento ressalta que “existe uma evidente exposição aos riscos de contágio nestes ambientes e já se registram inúmeros casos de adoecimento, de afastamento do trabalho, internações hospitalares e de óbitos na categoria bancária, ainda com a possibilidade de proliferação da COVID-19 aos coabitantes e pessoas próximas”. O ofício também destaca o crescente número de desligamentos por morte, cuja média mensal passou de 18,33 vidas perdidas no primeiro trimestre de 2020 para 52 vidas perdidas entre fevereiro e abril deste ano.

Os bancários, diferentemente de outras categorias, “não teve seus serviços interrompidos em nenhum momento desde a decretação da pandemia do novo coronavírus e seus serviços de atendimento ao público, inclusive aos beneficiários das políticas públicas de caráter social, seguem em operação, entretanto, registrando filas e aglomerações dentro e fora das unidades bancárias”.

“A medida é parte dos encaminhamentos organizados a partir dos debates e proposições feitos na última reunião do Comando Nacional dos Bancários”, esclarece o presidente do Sindicato de Brasília, Kleytton Morais. À Contraf, representando a categoria no âmbito nacional, cabe a iniciativa de requerer a inclusão dos Bancários no PNI. “Os sindicatos, e aí destacamos o de Brasília, reforçam a iniciativa por meio das mobilizações, a exemplo da realizada no último dia 27/5, de atuações junto às secretarias de saúde, governadores e aos parlamentares”, acrescenta Kleytton.

O dirigente ainda aponta que, nas reuniões realizadas com a categoria, se observa uma disposição de luta para se adquirir o direito à imunização. “Paralisar por vacina já é ponto previsto no cronograma de ações sindicais, caso não se avancem as tratativas, afinal a categoria está exposta durante toda a pandemia, e as estatísticas, infelizmente, têm exposto as vulnerabilidades dos bancários, que nos 12 meses da pandemia registraram um aumento no número de óbitos entre os colegas em mais de 180%”, lamenta o presidente do Sindicato.

Confira a íntegra do ofício:

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Da Redação