Nesta quinta-feira (27) teve mais mobilização da Campanha Nacional 2020. Durante as visitas do Sindicato nas agências bancárias do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e da W3 Norte, os dirigentes sindicais convocaram os trabalhadores para a luta e reforçaram a necessidade da unidade neste momento crucial da campanha.
“O contato entre os diretores, os bancários e os clientes serviu para informar que a campanha já está na 13ª mesa de negociação com a Fenaban e, embora os banqueiros tenham recuado nos ataques aos direitos dos trabalhadores, ainda insistem, por exemplo, no rebaixamento salarial”, observa Humberto Maciel, diretor do Sindicato.
Indignados com a postura dos banqueiros, os trabalhadores comentaram que consideram “injusto e desumano que, no meio de uma crise sanitária, em que estamos trabalhando duro, principalmente para atender os beneficiados com o auxílio emergencial, os bancos queiram retirar direitos históricos, conquistados por nossa categoria”.
O diretor da Fete-CUT/CN José Garcia esclareceu que, na rodada de negociações realizada nesta quarta-feira (26), entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, os bancos recuaram em mexer na regra da PLR e ficou mantida a parcela adicional que é de 2,2% do lucro líquido sem alterar a regra. “Explicamos aos bancários que isso ocorreu graças às demonstrações de resistência e disposição de luta da nossa categoria. Por isso, temos de continuar mobilizados para reverter o processo de retirada de direitos”.
Garcia criticou que os representantes dos bancos insistem no reajuste zero para 2020, só abono. “A proposta deles é de um abono de R$ 1.656,22 para este ano. Para o ano que vem, a proposta apresentada foi de repor 70% da inflação pelo índice do INPC a partir de 1º de setembro e os outros 30% depois de seis meses. Não podemos aceitar isso. Vamos reforçar nossa luta”, convocou o dirigente sindical, que também destacou a importância da Caixa 100% pública.
“Hora de mostrarmos nossa força”
Secretária de Formação do Sindicato, Raissa Fraga também lamentou a postura da Fenaban de insistir no reajuste zero, aproveitando a crise de pandemia, e enfatizou que “essa é a hora de mostrarmos a nossa força e lutarmos ainda mais para que nossas justas reivindicações sejam atendidas”.
“Os lucros dos bancos são exorbitantes e eles têm todas as condições de atender as reivindicações de nossa categoria”, endossou o diretor do Sindicato Sandro Oliveira, lembrando da importância de participar das assembleias virtuais. “Não vamos aceitar pacificamente a retirada de direitos”, frisou.
“Unidos e mobilizados, teremos mais chances de arrancar uma proposta condizente com o esforço dos bancários e bancárias, que são responsáveis pelos fartos lucros das instituições financeiras”, orienta José Wilson, secretário de Formação Sindical da Fetec.
Também participaram das atividades os diretores do Sindicato Ronaldo Lustosa, e da Fetec Samantha Sousa, Larissa Lopes, Elis Regina, Conceição Costa, Ivan Amarante e Enilson da Silva.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
