A Associação dos Empregados do BRB (AEBRB) realiza na próxima terça-feira (30), às 19h, de forma virtual, assembleia geral dos associados para deliberação do acordo com o banco, que envolve a troca de ações que a associação possui na BRBCard por ações do BRB banco. Esta operação tem impacto direto no financiamento do plano de saúde dos empregados, a Saúde BRB.
Para participar da assembleia, é necessário fazer inscrição no link disponível no edital http://aebrb.org.br/novo/
A negociação entre a AEBRB e o banco ocorre desde 2020. Entre idas e vindas, se chegou a uma proposta que assegura dois aspectos que o Sindicato consideram importantes — a sustentabilidade do plano de saúde e a participação dos empregados em parcela importante da composição acionária do BRB, o que os coloca como atores reais na discussão do futuro do banco, especialmente se surgir qualquer discussão sobre privatização.
Em função da importância do tema, que envolveu a alocação de um patrimônio considerável dos empregados na aquisição de quase 10% do capital do banco, e a sustentação do plano de saúde, o Sindicato entendeu a necessidade de participar da discussão que, em determinado momento, chegou a um impasse entre as duas instituições — associação e banco.
Diante disso, o Sindicato interveio para contribuir com a distensão da discussão, ocasião em que colocou de forma veemente para o BRB a necessidade da preservação da Saúde BRB com a qualidade que possui, e sem nenhuma elevação de contribuição para os participantes.
“Com esta premissa como norte, a manutenção e sustentabilidade da Saúde BRB, o Sindicato, por meio de seu presidente Kleytton Morais, reuniu-se com o presidente do BRB, Paulo Henrique, e externou sua preocupação quanto ao nosso plano de saúde e ao patrimônio dos empregados representado pela participação acionária na BRB Card”, esclarece o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa, que também é membro do Conselho Deliberativo da Saúde BRB.
Ronaldo acrescenta que, paralelamente, o Sindicato também discutiu com representantes da AEBRB com a finalidade de contribuir para a saída do impasse, “o que enfim aconteceu, e propiciou os termos do acordo que os empregados do banco irão avaliar na assembleia de terça-feira (30)”.
Proposta de acordo
A proposta de acordo apresenta diversos itens, muitos deles técnicos e importantes. Porém, de forma resumida, o Sindicato destaca três pontos cruciais, que têm relação com a Saúde BRB e o patrimônio dos empregados, os quais justificam a aceitação da proposta por parte dos associados da AEBRB, todos os empregados ativos e os aposentados do banco. São eles:
1 – A posse pelos empregados de quase 10% das ações ordinárias (que dão direito a voto) do BRB, garantindo a indicação de um empregado de carreira para o Conselho de Administração e um para o Conselho Fiscal do banco, além de um membro para o Comitê de Auditoria do BRB.
2 – A Sustentabilidade da Saúde BRB, que, doravante, terá previsibilidade de receitas para continuar a prestação do excelente serviço que disponibiliza. Os empregados garantem também o direito de ter um representante na gestão executiva do plano de saúde, reivindicação já defendida há bastante tempo pelo Sindicato. Importante ressaltar que o Sindicato e a AEBRB já possuem assentos nos conselhos Deliberativo e Fiscal da Saúde BRB, porém jamais tiveram alguém no órgão executivo.
3 – A permanência do mesmo valor pago pelos participantes (empregados e aposentados) ao plano de saúde. Ou seja, não haverá nenhum aumento em suas contribuições para o custeio do plano. Apenas para ilustrar, os planos Cassi do BB e Saúde Caixa passaram, recentemente, por ajustes que implicaram em aumento da contribuição dos empregados.
Cabe destacar também que, em 2019, foi feito um estudo sobre o custeio da Saúde BRB que apontava a necessidade de aumentar as contribuições. Porém, diante da discussão sobre o acordo AEBRB e BRB, que envolve diretamente o plano de saúde, esta proposta ficou em “standby”, e agora, muito em função da ação decisiva do Sindicato, foi descartada.
“É uma proposta que caminha em direção aos anseios dos empregados. Determina a sustentação do plano de saúde sem novo ônus para os participantes, e propicia a posse de uma participação razoável no capital do banco, o que coloca os empregados como atores importantes na discussão sobre o futuro do BRB”, pontua o diretor do Sindicato Alexandre Assis.
Da Redação
