Um sistema de ensino extremamente integrativo, coletivo e diferenciado. Assim é a Escola Vila Verde, localizada na Chapada dos Veadeiros, no município de Alto Paraíso de Goiás, a 223km de Brasília. Por ser particular e seguir as orientações do MEC, não pode captar recursos por editais públicos. Porém, tem a particularidade de ter 90% de alunos bolsistas ou que contam com desconto nas mensalidades, por isso, não se autossustenta. Para facilitar o acesso de todos e garantir a sua manutenção integral, a escola desenvolve a campanha de apadrinhamento e amadrinhamento. Por isso, participe, a sua doação é fundamental!
A Escola Vila Verde surgiu em 2010, a partir de uma inquietação de um grupo de pais da região, insatisfeitos com os sistemas de ensino público e católico-privado que existiam por ali. Em 2014, ela passou a ser coordenada pelo Instituto Caminho do Meio de Alto Paraíso (ICMAP), que é focado em promover a cultura da paz e os valores budistas, como a compaixão, a união e a alegria. E possui orientações do Lama Padma Samten, que acolhe a todos.
“Hoje, na Vila Verde, nós vivemos uma realidade diferente da maioria das escolas privadas do Brasil que, enquanto a busca é pela sustentabilidade financeira e, principalmente, pela inclusão de famílias que tenham condições, aplicamos um modelo ao contrário. Temos mais estudantes bolsistas, de famílias que vivem, às vezes, em situações de instabilidade financeira e necessidades específicas. Nós acolhemos a todos que estão chegando”, esclarece Liane Preuss, diretora da escola. Ela assegura que o recurso não é um distintivo para uma criança frequentar a Vila Verde.
Inovadora e transformadora, a Escola Vila Verde atende alunos especiais, como autistas, disléxicos e com transtorno opositor desafiador, entre outros. “E todos convivem em harmonia no nosso espaço”, informa Liane, que acrescenta: “Venham conhecer o nosso trabalho e serem padrinhos e madrinhas de nossa escola!”.
Associação sem fins lucrativos
O Instituto Caminho do Meio, gestor da Escola Vila Verde, é uma associação sem fins econômicos ou político-partidários, não tem finalidade lucrativa e é regido por seu estatuto e pela legislação pertinente. “Sua doação, seja qual for o valor, será muito bem-vinda, uma vez que a maioria dos alunos são de família de baixa renda, sem condições de arcar com uma mensalidade escolar”, ressalta Nísia Sacoo, focalizadora da mandala da generosidade.
Acolhimento e respeito
Para Angela Mattos, diretora executiva do ICMAP e do Centro de Estudos Budistas Botisatva de Alto Paraíso (CEBBap), a infância é a base da construção do ser, fase que vai reverberar por todo o seu desenvolvimento. “A criança precisa de acolhimento, amorosidade, respeito, presença e atuação consciente por parte de todos os cuidadores, de toda a sociedade”, avalia.
E complementa: “O Lama nos incentiva a sonhar o mundo que queremos e cocriar a realidade com ações genuínas, em benefício de todos os seres. Participar dessa campanha é promover e sustentar a mudança que queremos ser e ver no mundo”.
Beija-flor vitorioso
“A Vila Verde é uma escola que constrói futuro, uma sociedade melhor, a possibilidade das nossas crianças, por sua vez, construírem mundos melhores, onde possamos viver equilibrados com a natureza e com a felicidade, e trazendo benefícios em todas as direções. Nós precisamos, urgentemente, escapar das circunstâncias nas quais nós treinamos os nossos jovens para serem massacrados por um mundo opressivo e treinando nossos jovens para serem opressores dentro de um mundo opressivo. A Escola Vila Verde é como o beija-flor que luta contra o incêndio. Mas é um beija-flor vitorioso, inevitável, o incêndio vai terminar”, destaca Lama Padma Samten.
Pais voluntários atuantes
Todos os pais dos alunos são voluntários, trabalham pela Vila Verde. Bolsistas e não bolsistas. Talita Machado, focalizadora da mandala de eventos, e Jeferson, focalizador da mandala de infraestrutura, pais de Gael, de 5 anos, mudaram de estado para colocar o filho na escola de Alto Paraíso. “O principal diferencial daqui é ser uma escola inclusiva. São crianças de todas as classes sociais e de todos os perfis, algumas com dificuldade de se encaixar dentro do padrão do modelo imposto nas escolas tradicionais”, comenta Talita.
Serena Brisolla, 10 anos, estuda na Vila Verde desde julho de 2020. A avó e responsável por ela, Evelin Maciel, conta que a escola é muito ativa e tem o apoio da comunidade budista. “Poder pagar uma mensalidade não é critério para você ter ou não uma criança aqui. Porém, isso exige que nós, os familiares, estejamos vinculados ao dia a dia da escola, sempre atuantes, seja com a promoção de eventos e/ou participando das campanhas de doação para ajudar na sua manutenção”, enfatiza.
Mãe do Ravi e da Sabrina, Juliana Duarte diz que, inicialmente, sua família passou pela educação tradicional, o que não os atendeu. Depois tentaram a educação domiciliar, o que foi “maravilhoso”, mas, embora exista uma lei, ela não está regulamentada no Distrito Federal. “Então fomos procurar uma escola que atendesse o nosso estilo de vida, nossos propósitos, o amor à natureza e aos outros. E encontramos tudo isso na Vila Verde, um acolhimento ímpar, a escola dos sonhos”, ressalta.
Premiações e reconhecimento
A Escola Vila Verde possui certificado do MEC como referência em Educação Inovadora e Criativa. Mesmo com pouco tempo de existência, já foi destaque nacional e internacional no âmbito de inovação, transformação e de contribuição à preservação do meio ambiente.
Como ajudar
A chave PIX da poupança para doações é o CNPJ do ICMAP — 19.332422/0001-92.
Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
