Aniversário da Caixa reforça necessidade de valorização dos empregados

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Nesta quarta-feira (12), a Caixa Econômica Federal completa 161 anos de existência. E o trabalho realizado pelo banco pode ser visto no sonho da casa própria, com o Minha Casa Minha Vida, no diploma universitário, por meio do FIES, no saneamento básico, na proteção ao trabalhador graças ao Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS), no Auxílio Emergencial, apoio para quem mais precisou na pandemia de Covid-19 e muito mais.

Entretanto, apesar de seu passado brilhante e de se estabelecer como principal instituição financeira agente das políticas públicas do Estado, na atualidade, pouco há o que comemorar.

Diante de ameaças e ataques, o banco vive o maior desmonte de sua história, com tentativas de privatização, reestruturações, condições precárias de trabalho, aumento nos casos de assédio moral entre outros problemas.

Exemplo do esfacelamento do banco, em 2020, a Caixa passou por mais um processo de reestruturação que pegou a categoria de surpresa. Sem qualquer tipo de diálogo com os bancários ou com as entidades representativas dos trabalhadores, a Caixa anunciou a medida e diversos funcionários tiveram de ser realocados, o que gerou um clima de tensão na categoria.

Francinaldo Araújo Costa, diretor da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), parabeniza a Caixa pelos mais de cem anos cumprindo com eficiência seu papel social, mas reforça a importância da valorização necessária e urgente dos bancários e bancárias.

“São 161 anos de mãos dadas com a população que mais precisa, mas, atualmente, os trabalhadores da Caixa Econômica vivem momentos difíceis. Metas desumanas, reestruturações sem planejamento, jornadas exaustivas e extrapoladas, atendimentos precarizados por falta de condições de trabalho e muito mais. Hoje, podemos afirmar que as condições de trabalho se tornam precárias por conta do grande déficit de contratações”, explicou.

Já a secretária geral do Sindicato dos Bancários de Brasília, Fabiana Uehara ressaltou que a palavra de ordem neste aniversário da Caixa Econômica Federal deve ser resistência. A dirigente explica que diante das ameaças, o Sindicato e demais representações dos bancários têm atuado bravamente para defender o papel social da Caixa e sua manutenção como banco público e, sobretudo, os direitos da categoria.

“Tenho convicção de que cada empregado e empregada tem orgulho de trabalhar na Caixa. Sabemos o importante papel da empresa e a diferença que fazemos na sociedade. Neste aniversário, mais que nunca, é nosso papel defender a Caixa e nossos direitos. Especialmente contra os desmandos dessa gestão que deixa de lado o social e fixa, inclusive, em desmontar a empresa. Vamos continuar resistindo. O Brasil precisa da Caixa 100% pública e atuante. E nesta Pandemia, mostramos nossa importância social fazendo o pagamento dos benefícios e auxílio emergencial”, concluiu Fabiana Uehara.

Leidiane Souza
Colaboração para o Seeb Brasília