O Sindicato deflagrou ofensiva contra a tentativa da Caixa de fugir do cumprimento do acordo coletivo com a edição da CI 107/08, que trata dos dias não-trabalhados durante a greve. A semana passada foi marcada por duas grandes manifestações, ambas com significativo apoio dos bancários ato em frente ao prédio da Matriz I e paralisação da agência da Caixa no Conjunto Nacional.
Os protestos nas unidades serão intensificados ao longo dos próximos dias. No dia 19 de novembro, as atividades integrarão o Dia Nacional de Lutas.
Por não cumprir com a palavra, a Caixa é a responsável pela retomada da luta dos empregados e por todo esse desgaste desnecessário que continua sofrendo junto à população. É incrível, mas é isso que está acontecendo: a empresa não cumpre o que assina, como que a desafiar os trabalhadores para o confronto, critica Raimundo Félix, diretor de Finanças do Sindicato.
Além da mobilização dos empregados, o Sindicato atua também em outras frentes. O departamento jurídico tem pronta a ação pelo cumprimento do acordo e já foi formalizada denúncia à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) contra a orientação da Caixa de organizar trabalho aos sábados. O sindicato encaminhou também à SRTE ofício no qual sustenta a não-necessidade de trabalho aos finais de semana. Clique aqui para ler.
Todas as formas de luta serão adotadas porque a empresa parece interessada em prolongar a situação de impasse. Enquanto os outros bancos deram por encerrada a campanha salarial e já estão no mercado em busca de novos negócios, a Caixa insiste em retaliar quem participou da greve, em flagrante desrespeito ao acordo que ela própria negociou e assinou juntamente com as demais instituições financeiras, enfatiza o diretor do Sindicato Alexandre Severo.
Na sexta-feira 7 de novembro, a Caixa apresentou em mesa de negociação com os representantes dos empregados uma proposta de solução do conflito gerado com a divulgação da CI 107, mas sem abandonar a possibilidade de desconto.
O Sindicato sustenta a posição manifestada pela Contraf/CUT na mesa de negociação, de recusa a qualquer possibilidade de desconto e de exigência de cumprimento integral do acordo coletivo.