Cerca de 2.500 delegados representando os trabalhadores brasileiros do campo e da cidade, dos quais nove bancários de Brasília, participam do 9º Congresso Nacional da CUT (Concut), a maior central sindical da América Latina, que começou nesta segunda-feira 5 de junho e vai até sexta-feira 9, em São Paulo.
Fundada em 1983, a CUT tem 3.300 entidades sindicais filiadas e representa 22 milhões de trabalhadores, dos quais mais de 7 milhões sindicalizados.
“Este é um dos mais importantes congressos da CUT, durante o qual vamos discutir os desafios que temos pela frente e definir a estratégia de luta dos trabalhadores brasileiros para o próximo período”, resume Jacy Afonso, presidente do Sindicato. “O objetivo é avançarmos na consolidação da democracia, na efetivação de um projeto de desenvolvimento nacional com soberania, com geração de mais empregos e distribuição de renda.”
O 9º Concut ocorre em um momento favorável, em que a economia volta a crescer. No ano passado, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), mais de 80% dos acordos salariais assinados pelos sindicatos de todas as categorias profissionais tiveram reajustes salariais iguais ou superiores à inflação.
Após a abertura, na segunda-feira à noite, os debates começam na terça-feira. O primeiro será sobre a Conjuntura Internacional e Nacional, com a apresentação das teses propostas pelas correntes que compõem a Central.
À tarde acontece a conferência “A CUT e seu papel na construção de um projeto de desenvolvimento nacional, relação com governos democráticos-populares e movimento social”, que contará com a participação o filósofo italiano Toni Negri, da Universidade de Pádua e do Colégio Internacional de Paris, e do sociólogo Emir Sader, professor e coordenador do Laboratórios de Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
