Em sentido horário: Pedro Tupinambá, economista do Dieese (subseção bancários); os diretores do Sindicato Cida Sousa, Eustáquio Ribeiro e André Nepomuceno; e as representantes do BRB Kátia Queirós, Pérsia Alvarenga e Lea Rodrigues
Em reunião na última quinta-feira (25) dentro das negociações permanentes com representantes do BRB, os diretores do Sindicato reiteraram as reivindicações dos funcionários em relação a várias questões, especialmente quanto ao novo formato de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2010.
Na discussão dos parâmetros para a nova PLR, o banco sinalizou aceitar aumentar o percentual do lucro líquido a ser distribuído, mediante escalonamento relativo aos graus de rentabilidade.
Os diretores do Sindicato acharam positivo o escalonamento, mas frisaram que não se admitem o zero como parâmetro inicial. “O escalonamento deve partir dos 13% já vigentes no formato de PLR de hoje. Além disso, há necessidade de o modelo ser mais simples e de fácil entendimento pelos funcionários”, disse André Nepomuceno, secretário-geral do Sindicato. “É fundamental também que a distribuição dos lucros esteja desvinculada de metas, particularmente às individualizadas, e seja atrelada só à rentabilidade e à produtividade de todos”, acrescentou Cida Sousa, diretora da entidade.
No entanto, o banco nada apresentou de concreto quanto ao outro lado de uma possível proposta inicial, referente ao modelo de distribuição.
O banco ficou de apreciar as colocações dos dirigentes e voltar a discutir uma nova proposta e forma de distribuição da PLR na próxima reunião marcada para o dia 8 de abril. O Sindicato deixou claro que aguarda uma proposta global para uma posição mais definitiva, inclusive para estudo de uma contraproposta. O Sindicato divulgará oportunamente assim que tiver uma posição objetiva do banco quanto ao assunto, para consideração e contribuições de todos, antes da Assembléia a ser necessariamente chamada para deliberar sobre o tema.
“Estamos verificando uma abertura maior para discutir a PLR, assim como já aconteceu em encontros e debates sobre o BRB Clube e BRB Saúde. Esses efeitos positivos têm acontecido após a saída de Ricardo Vieira da presidência do banco. Em 2009, a intransigência do ex-presidente foi um dificultador para maiores avanços na PLR”, avalia Eustáquio Ribeiro, secretário de Imprensa do Sindicato.
Avaliação de desempenho
O secretário geral do Sindicato entregou na reunião desta quinta-feira um ofício às representantes do banco questionando a necessidade de constar caráter punitivo na política de Avaliação de Atuação Profissional (AAP) divulgada no início do mês. “As instruções apresentam, na visão do Sindicato, pontos anacrônicos que em nada contribuem para um aperfeiçoamento da gestão de pessoas. Os funcionários do banco são profissionais responsáveis. Se a intenção do banco é estimular e valorizar, insistir em manter na AAP a possibilidade de advertência e PAD, a direção do banco foi infeliz”, critica Eustáquio Ribeiro.
As representantes do banco (Kátia Queirós, Pérsia Alvarenga e Lea Rodrigues) também ficaram de apreciar os questionamentos e apresentar uma resposta na próxima reunião dia 8.
Grupo de Trabalho Derec
O diretores do Sindicato reiteraram a necessidade de o banco garantir aos escriturários que atuam nos grupos de trabalho do Departamento de Recuperação de Ativos (Derec) uma equiparação, em caráter temporário, à função de gerente de negócios. O pagamento atual está sendo feito na forma de hora extra, mas os funcionários estão executando tarefas de gerentes. As representantes do banco alegaram que não há previsão orçamentária para oferecer o adicional por substituição, mas garantiram que a participação nesses grupos será considerada em eventuais processos seletivos para funções comissionadas e na possibilidade de fixação em definitivo dessas equipes.
Diretor de mercado pede para sair
Com o nome citado na operação Caixa de Pandora, que desvendou o esquema de propinas que derrubou o ex-governador Arruda, o ex-diretor de mercado do BRB, Francisco Soares, pediu demissão.
O Sindicato, que denunciou em todas as instâncias e pediu providências para que não houvesse dúvida quanto a condutas suspeitas, considera que mais esse fato exemplifica o cuidado em zelar pela instituição, que não aceita ser confundida com qualquer tipo de desvio induzido por dirigentes que não estão à altura do cargo.
Em qualquer momento, e ainda mais na esteira dessa grave crise política que vivemos no GDF, o Sindicato entende que todo e qualquer cargo de direção ou conselheiros, que têm indicação de fundo político, devem ser rigorosamente verificados, bem como tomadas as providências cabíveis em defesa do Banco de Brasília, cuja força já demonstrou ser muito maior do que eventuais passageiros indesejados. Todos que falharam em relação à moralidade administrativa devem arcar com as conseqüências de seus atos e omissões.
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