

A política de utilização da grande mídia para propagação de ideias contrárias às instituições públicas e aos direitos trabalhistas vem sendo incessantemente utilizada desde a chegada de Temer ao poder.
Nesta semana, foi a vez dos jornais Correio Braziliense e O Globo atacarem o Banco do Brasil, em matérias que chamam a atenção pela parcialidade e pelo cunho extremamente tendencioso. As reportagens falam sobre um processo de reestruturação na empresa que envolveria a demissão de 18 mil funcionários, e do quanto o banco gasta a mais somente com a folha de pessoal, numa comparação rasa e simplista da estatal com seus concorrentes diretos da rede privada.
Ora, comparar o BB com os bancos privados, sem sequer citar o papel social da empresa e sem ouvir o Sindicato é, além de jogar no lixo o que reza a prática do bom jornalismo, um claro sinal de que as matérias veiculadas têm o flagrante objetivo de colocar a população contra a instituição e seus funcionários, preparando-a para o enxugamento e a privatização, assim como aconteceu nos anos 90 com outros bancos públicos que foram vendidos.
Utilizando-se também a propagação de boatos internos, o governo Temer visa igualmente instaurar o pânico entre os bancários do BB, de modo a forçá-los a deixar a empresa ou a aderir a um possível plano de desligamento voluntário. Na edição do ano passado, 5 mil bancários aderiram ao PAI (Plano de Aposentadoria Incentivada).
O Sindicato já solicitou audiência ao presidente do BB, Paulo Caffarelli, e reforça a orientação de o funcionalismo se preparar para a resistência. A diretoria do Sindicato está reunida, discutindo os desdobramentos da situação e debatendo ações para a proteção dos bancários e a defesa do banco público.
Da Redação
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