

O funcionalismo Público do Distrito Federal vai fazer greve geral de 24 horas nesta quinta-feira (24) e realizar ato público, às 10h, em frente ao Palácio do Buriti. A paralisação é resposta à onda de ataques aos direitos e remuneração dos servidores, à população e à própria legislação vigente desencadeada pelo governo Rollemberg.
De acordo com o Fórum em Defesa do Serviço Público, coordenado pela CUT e integrado por cerca de 20 sindicatos do funcionalismo, e do Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público, integrado por outros sindicatos vinculados à área da Saúde do DF, a paralisação geral deve afetar os seguintes serviços de atendimento público do GDF: escolas, hospitais e postos de saúde da rede pública, os postos Na Hora, Zoológico, restaurantes comunitários, Procon, Detran e DER. A Polícia Civil já está em greve. Os servidores do Instituto de Brasília Ambiental (Ibram), Secretária de Agricultura e da Novacap também aderem ao movimento. O Metrô para a partir da zero hora de quinta. O atendimentos de emergência serão mantidos.
“Não vermos outra alternativa a não ser endurecer com o GDF. Nós nos propusemos ao diálogo e à negociação, mas o governo insiste em nos atacar, tomando medidas unilaterais e autoritárias. Por isso vamos fazer o que for preciso para derrubar esse pacote de maldades jogado em cima da população e dos servidores. Pacote desnecessário e maldoso que só visa prejudicar os trabalhadores”, explica a dirigente do Sinpro-DF e coordenadora do Fórum, Rosilene Corrêa.
Na última terça-feira (22), o Fórum e o Movimento, cujas entidades representam cerca de 109 mil servidores do GDF, se reuniram para planejar a estrutura da mobilização para a greve geral de 24 horas. Na reunião, foi reforçado mais uma vez a possibilidade dos servidores deflagrarem greve por tempo indeterminado caso o governo distrital mantenha a retirada de direitos trabalhistas e não reveja o pacote de maldades que pode levar o caos ao serviço público do DF.
“O governo anunciou que não tem dinheiro para pagar os reajustes das 32 categorias profissionais, passando por cima da legislação que garante a recomposição salarial. Por outro lado, aumenta as tarifas dos transportes e dos restaurantes comunitários, eleva impostos, prejudicando a população de menor renda. Tudo isso é imposição para que a gente pague a conta desta crise que não foi criada pelos trabalhadores. Nós não somos responsáveis, não temos que pagar por isso. Nós vamos às ruas para reafirmar isto e exigir nossos direitos”, afirma o presidente do Sindser-DF, André Luiz da Conceição.
Os servidores vão paralisar também porque o governo recusa-se a sentar para discutir outras medidas tomadas, como o não reajuste de auxílio-alimentação, não pagamento de pecúnia das licenças-prêmios dos recém-aposentados e os três projetos de lei do GDF que mexem prejudicialmente na Previdência do funcionalismo.
Fonte: CUT Brasília
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