

A unidade entre entidades sindicais e movimentos sociais regeu a manhã desta quarta (15), no Dia Nacional de Paralisação e Lutas. Um grande ato unificado, reunindo mais de 10 mil pessoas, deixou seu recado para o governo golpista de que a classe trabalhadora e os movimentos sociais não aceitarão a retirada de nenhum direito. A data marcou também o início da greve geral dos professores da rede pública do Distrito Federal, sem data marcada para terminar.
Ainda de madrugada, mais de 1.500 pessoas ocuparam o prédio do Ministério da Fazenda, na Esplanada dos Ministérios. A perda de direitos e os retrocessos promovidos pelo ilegítimo Temer foram os principais motivadores da ocupação, centralizada na luta contra a reforma da Previdência. Logo, trabalhadores de diversas categorias e movimentos sociais juntaram-se às fileiras de resistência e com tambores, faixas e gritos de “Fora Temer” e “Não à Reforma da Previdência”, intensificaram o ato contra as reformas previdenciária e trabalhista e toda retirada de direitos.
O diretor jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos do Distrito Federal, João França, destacou a importância de se contrapor à PEC 287. “Além dos inúmeros golpes que nós, brasileiros, temos sofrido nos últimos tempos, o governo apresenta agora essa ameaça à aposentadoria do trabalhador. O povo precisa acordar e vir para rua, pois, mais um golpe virá e, desta vez, desfazendo as conquistas asseguradas pela CLT”, alertou.
Trazendo mais simbolismo à manifestação, professores montaram um cemitério em frente ao Congresso Nacional com cruzes espalhadas por todo o gramado. Ratificando a campanha “Maria morreu” que circula o DF, o Sinpro também levou um caixão para representar os trabalhadores que poderão morrer sem se aposentar caso a reforma seja aprovada.
Na avaliação da vice-presidenta da CUT Brasília e diretora do Sinpro/DF, Meg Guimarães, o ato teve um excelente alcance, pois, conseguiu reunir trabalhadores rurais, urbanos, distritais, federais, privados e estudantes acerca de um mesmo propósito: exigir a retirada imediata da Pec 287, que afasta do trabalhador brasileiro a tão sonhada aposentadoria. “Este ato que reúne milhares, evidencia nossa resistência enquanto classe trabalhadora. Neste momento de intensos ataques, só a unidade pode barrar essas medidas tão danosas ao povo brasileiro”, disse.
O deputado Wasny de Roure (PT/DF) também participou ao lado dos trabalhadores e disse que, devido à amplitude dos retrocessos ocasionados pelos projetos, não é possível tratá-los de maneira partidária. “Esse esforço de unidade dos trabalhadores é extremamente positivo para acordar a população brasileira e demonstrar ao governo o grau de insatisfação dos movimentos sindicais e sociais”, afirmou. Outros parlamentares também estiveram presentes, como o distrital Chico Vigilante, os federais Paulo Pimenta, Érika Kokay e Benedita da Silva, e a senadora Gleisi Hoffmann.
Ocupações, paralisações e atos públicos marcaram esse Dia Nacional de Paralisação e Lutas em todo o Brasil, simbolizando a unidade da classe trabalhadora e dos movimentos sociais contra as TEMERosas reformas do governo ilegítimo de Michel Temer.
Confira imagens do ato em Brasília:




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